Eu prefiro a paz. Mas se a guerra tiver que vir. Que venha no meu tempo. Para que meus filhos vivam em paz, essa é a frase publicada no Instagram do policial militar Jeferson Luiz Esmeraldino, baleado na ação de bandidos em assalto a banco em Criciúma, no Sul do Estado. De acordo com nota da Polícia Militar publicada às 16h desta segunda-feira (1°), ele segue internado na UTI, em observação. O Lê Notícias publicou a notícia da morte do PM após confirmação da deputada Ada de Luca, mas ela recuou e pediu desculpas pela informação equivocada. A Redação do Lê Notícias igualmente pede desculpas à PM e à família do militar que continua internado. Seguimos torcendo pela pronta recuperação, disse a Polícia Militar em nota.
O policial foi baleado na ação que envolveu pelo menos 30 criminosos, dez automóveis e armamento de calibre exclusivo das Forças Armadas, em assalto ao Banco do Brasil em Criciúma, na madrugada desta terça-feira (1°), que já é considerado o maior do tipo na história do estado.
Os criminosos atacaram o 9º Batalhão da Polícia Militar com tiros nas janelas, bloqueio na saída com um caminhão em chamas e explosão acionada por celular. Uma ação sem precedentes, disse o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, comandante do batalhão. A ação durou cerca de duas horas.
Já começamos o trabalho de investigação para afirmar que é o maior roubo em proporções em Santa Catarina, disse o delegado Anselmo Cruz, da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais). A mobilização dos criminosos nesta madrugada é algo inédito no Estado, pelo tamanho da ação." Para ele, o assalto foi cinematográfico.
Já temos absoluta certeza que se trata de uma ação planejada com vários meses de antecedência, disse o delegado Anselmo Cruz. Ele comparou o assalto com o crime ocorrido no aeroporto de Blumenau em março de 2019. O roubo em Blumenau começou a ser organizado nove meses antes e era de menor proporção."
A polícia suspeita que o assalto de Criciúma também teve um longo planejamento. Na manhã desta terça-feira (1), órgãos de segurança retiraram material explosivo que permaneceu no local. O Instituto Geral de Perícias (IGP) está trabalhando para coletar provas.
Segundo Cruz, a polícia suspeita que o crime tenha sido planejado por criminosos de São Paulo, que não são ligados a facções criminosas. "Não temos este perfil de criminosos em Santa Catarina. Pode ter algum integrante que seja efetivamente do estado, mas sabemos que é uma ação de fora, disse o delegado.