A DIC de Chapecó concluiu inquérito policial e apurou que um indivíduo, particular e sem qualquer vínculo com a administração pública, manteria acesso a sistemas restritos das forças policiais por meio de seu próprio aparelho celular, deles extraindo informações de inúmeras pessoas.
Os acessos se dariam por meio de login e senha de um policial militar da reserva, com o conhecimento deste. Tais informações seriam utilizadas para fins particulares, inclusive, conforme relatou a ex-companheira do homem, para controlá-la e persegui-la.
Desta forma, o indivíduo e o ex-policial foram indiciados pela prática dos crimes de divulgação de sigilo funcional de sistemas de informações e violação de sigilo funcional, previstos no art. 153, § 1º-A, do CP e no art. 325, §§ 1º e 2º, do Código Penal.
Além deles, outro policial militar da ativa também teria cedido seu acesso ao mesmo homem. Contudo, considerando que a conduta deste policial, se confirmada, configura crime militar, se solicitou ao Poder Judiciário o encaminhamento de cópia do inquérito à Polícia Militar, para apuração de sua responsabilidade penal e administrativa.