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Editorial | Brasil é um país em pesadelo

Por: Editorial
14/02/2021 14:22
Divulgação “Bandeira” (2000), de Emmanuel Nassar “Bandeira” (2000), de Emmanuel Nassar

Os manifestantes de hoje, simbolicamente, não são mais os mesmos. Morreram pela língua sem direção, sem identificação, sem originalidade. Contra as explícitas negações da política, se afundam nela pela desgraça que, criada, não podem mais matar. Realizaram um pseudo evento político em 2013, agora bebem o chorume de suas fezes.

Idiotas, contestaram tudo, Poderes Executivos, Legislativos e agora o Judiciário que, nutrido de covardia, se esconde na Toga acuada pelos acéfalos direcionados pelo extremismo.

O que segue, não são reflexões sobre todas as manifestações de lutas reais ocorridas no país naquela questão das tarifas que, então populares, foi sequestrada pela extrema-direita que derrubou um governo por pedalar quatro mandatos na cabeça deles.

O estopim daquelas manifestações da esquerda com Movimento Passe Livre, luta antiga dos movimentos secundaristas e universitário, se tornaram o inferno urbano verde e amarelo nos centros financeiros da alta burguesia.

O que era para ser um movimento de massas, levando o país a um enfrentamento de classe, transformou num movimento de controle do mais variados setores do capital, com milhares de manifestantes nas ruas com a camiseta da Nike de 500 reais sobre motos Harley Davidson estampando as ruas do Brasil sobre a arquitetura do judiciário exposto em Curitiba naquele patético Sergio Moro, um serviçal a serviço da enganação e mentira.

Até mesmo os bolsonaristas, beneficiados com os atos dele, hoje lhes cospem na cara.

Este país se tornou um chão sujo, perverso, enganoso e assassino da verdade, justiça e cidadania. Quem não gosta deste editorial, são justamente os que se beneficiaram do golpe baixo, da comunicação chulé da grande mídia em favor da Casa Grande para sufocar as senzalas.

Agora, eles mesmos, mídia mentirosa, serviçal e capacho, bebem do chorume que lhes cai no copo pelas redes sociais ociosas.

Nada como um dia atrás do outro, este inferno é o pudim para suas mesas cheias de fome que, morrendo diariamente, se observam asfixiados pelas mãos do medo e do terror.

Muito lírico isso, vê aquela frase de Pablo Neruda que diz, “porque em noites como esta, tive em meus braços, e minha alma não se contenta em tê-la perdida".

Não é tarde para os esfaqueados entenderem o tamanho da sua feira.


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