Adilson Zeni se esconde da Operação Patrola em Águas de Chapecó

Prefeito três vezes de Águas de Chapecó, Adilson Zeni disputa mais uma vez a eleição sem explicar a acusação no esquema de corrupção com máquinas da Administração Municipal em que seu nome foi envolvido na Operação Patrola, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

O esquema era superfaturar os valores de peças e reparação de máquinas para gerar propina e retorno em dinheiro a vários prefeitos de Santa Catarina. Segundo o Ministério Público, a organização criminosa agia com pagamento de propina, superfaturamento e fraudes em licitações. O esquema envolvia prefeitos, ex-prefeitos, agentes públicos, empresários e seus empregados. Como resultado da operação, foram ajuizadas 44 ações criminais, 15 delas contra prefeitos que, na época, estavam no exercício do cargo.

O nome do candidato a prefeito de Águas de Chapecó pelo MDB é associado ao caso porque os certames realizados, quem sempre ganhava era a empresa que levou os empresários à prisão e condenados a devolver os dinheiros desviados dos cofres públicos.

A prática sempre foi corriqueira e a corrupção sempre prevaleceu nos esquemas que ocorriam por trás do cidadão. O MP mantém as investigações sob segredo de justiça, mas é de conhecimento geral que vários agentes públicos agiam às escondidas na troca de propina e alimentando a corrente de suspeitos em cada lugar.

O ex-prefeito Adilson Zeni nunca explicou o envolvimento do seu nome do porque escondeu uma prática que sangra o contribuinte.

Segundo os promotores envolvidos nas investigações da ação penal de autoria da Promotoria de Justiça de Tangará, que deflagrou a Operação Patrola, em março de 2016, ao lado do Grupo Especial Anticorrupção, desbaratando o esquemão, as fraudes nas licitações de peças, serviços de manutenção e compra de máquinas pesadas em 39 municípios catarinenses, tem Águas de Chapecó na lista.