As eleições de Blumenau e Joinville
Se de um lado Mário Hildebrandt avança no eleitorado como um homem público de vanguarda, arrojado e inteirado da realidade de Blumenau, até atacado injustamente pelo adversário do Democratas, consolida sua maneira de ser e exemplo de leveza e simplicidade. O resultado deve ser o de imprimir um governo de manutenção da boa conversa e visibilidade pública. Em Joinville, ao contrário, impera um candidato completamente alheio ao sentimento popular e, por isso, um estranho em favor da maioria. Agora que foi revelado que sua empresa sonegou impostos, talvez seja isso que o deixou forte financeiramente. Um péssimo exemplo que ele dá às pessoas simples e ao pequeno lojista que, sem a força que detém, paga para sobreviver. Coisas da vida dura de um Brasil patético. As urnas vão dizer o que vai acontecer.
ACABOU
Não há motivos para que Carlos Moisés não retorne ao cargo. Ele sentiu na carne os cortes feitos por sua truculência ao entrar no governo e se perceber dono absoluto de tudo. Com a surra que tomou no pelourinho da intransigência, volta forte e renovado.
VENÇA
Com seu retorno ao governo, tudo muda absolutamente dentro do cenário político. Ele, agora mostrando as mãos machucadas pelas lutas de retorno, chega forte e vencedor. Um novo homem, uma nova ideia, um outro comportamento. Morreu aquele idiota, nasceu um bravo.
CONSTRUÇÃO
Com as aberturas de diálogo que vai fazer com as forças políticas, o governador tem tudo para dizimar as queixas e mostrar direção. É um guerreiro que venceu pelas dores que viveu. Agora é preciso devolver o seu assento no Centro Administrativo e olhar para frente.
ELES
Tanto Carlos Moisés quanto Julio Garcia, são referências neste fim de revoltas. Um mostrou ao outro que podem suplantar os rastros de diferenças e unir trajetórias. Agora são, ambos, vencedores de um caminho que deveria, desde janeiro de 2019, ter sido tranquilo. Agora arrumaram o volante.
PASSADO
Daniela Reinehr e Sargento Lima são as alfaces esquecidas no final da feira. O consumidor olha, mas não leva. Estão fora do jogo porque, golpe no golpe, são golpes disso. Faz parte do jogo é agora serão ultrapassados e ficarão fora do amanhã.
CERTEZAS
Sem o MDB ao lado, nada é funcional. O partido tem grandezas e homens de alto valor público. São eles quem participam das decisões e, por isso mesmo, são líderes de história. O partido volta forte em 2022 como franco favorito no destino estadual porque os ulyssistas são sangue.
BLÁ
O período eleitoral se encerra no próximo domingo com o último voto revelado em Blumenau e Joinville. Quando forem conhecidos os seus comandantes locais, começa a produção de 2022. O restante é sonolência. Provavelmente os protagonistas de 2018 vão refletir suas vidas melhores.
DIALÉTICA
A vida pública é assim. O eleitor tresloucado de 2018, chegou diferente em 2020 porque a razão, luz para tudo, voltou. Provavelmente vá dar seu recado em Joinville onde um maluco no pedaço, lidera as pesquisas. A experiência suplantada pelo alucinado. Agora é com o eleitor.
DESCASCADO
Um crime agora revelado, mostra que Adriano Silva, dono dos laboratórios e da rede Catarinense, sonega impostos que, claro, garante o bem-estar da sua empresa, mas arrebenta o setor público. Sonegação é crime e a Justiça deverá bloquear os bens dele e dos sócios.
BANANA
Adriano é um candidato de linha solta com o cidadão. É amarrado apenas às células financeiras que ele representa e mais nada. É um Udo Döhler jovem que, alucinado pelo Poder, acha-se no tamanho dos desafios. Mas não é. É só um rapaz que, no primeiro grito, sai correndo.
PULSO
Para governar Joinville não precisa ostentar poder e sede por ele. A cidade, com muitos problemas a serem vencidos, precisa de experiência pública e não privada. Se vencer o pleito, pode ser que demore para aprender. Se perder, vai esquecer a cidade porque, de fato, está preocupado com seus negócios.
EMPRESÁRIO
Gastando muito por baixo dos panos, Adriano Silva sabe que é um bom rapaz e só. Não entende absolutamente nada do negócio público e pelas palavras que diz, imagina que ali é um balcão de rapidez. Não é porque a máquina não joga com velocidade privada.
SONÂMBULO
Udo Döhler é o maior cabo eleitoral de Adriano que já acertou fazer campanha para Fernando Krelling em 2022. É o acerto mais lógico diante de um deputado estadual que o prefeito de Joinville matou para favorecer o pupilo da Catarinense. Ali é tudo em casa.
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