O poder de fazer acontecer
Daniela Reinehr sai sem deixar saudade. Nunca passou confiança de seu poder de controle justamente porque colocou como chefe da Casa Civil um general de Sun Tzu ao invés de Machiavel. Não entendeu o processo de impeachment. Visitou a Alesc, TJ e MPSC de mãos vazias, sai por isso. A volta de Carlos Moisés é a ruptura do patético bombeiro que assumiu em 2018 com o novo governador de SC. Chega forte e com poder de direcionamento. Com Eron Giordani na sala ao lado, ganha a confiança total para desenhar o governo que começa agora. Nasce um novo homem público e aquele tolo que perdeu 24 meses, foi sepultado. Com os prefeitos novos, vai desenhar para mostrar seu Poder de construção. Tem força suficiente para azedar ou fortalecer quem ele quiser. Não tem como errar. Se quiser já abrir portas, é chamar JKB, Antídio Lunelli, Napoleão Bernardes e Clésio Salvaro.
IGUAL
Para quem é do meio, a vitória de Adriano Silva é patinação no mesmo chão de Udo Döhler. Esta história de defenestrar o MDB é só uma imaginação fértil. Todo o partido votou para o laranja e, portanto, quem sai, volta com a roupa trocada.
RUPTURA
Não há qualquer quebra de continuidade do atual prefeito com o que entra. A harmonia entre ambos é de cacoetes empresariais. Os dois não são políticos e o que mudou mesmo foi a agilidade. A rota contrária passava por Darci de Matos.
PESO
Sem a máquina de Udo Döhler, Adriano não seria prefeito. O que Ivandro de Souza afirmou ser um ajuntamento, foi no laranja e não no PSD. Com a chegada do Novo, todo o velho esquema torna-se assentado. Até porque, se não for assim, não governa.
ADAPTAÇÃO
Adriano Silva é uma grande promessa do partido no plano Nacional. Será protagonista da pequena bancada federal do Novo em Brasília. Pelo modo de governar, vai dar amplitude ao partido que, no final, joga no mesmo campo dos demais.
IGUAL
Lá em Brasília o Novo não tem diferença nenhuma dos outros partidos. Tem um estatuto exigente, mas na equação joga nos mesmos dribles do Progressistas, por exemplo. Se Jair Bolsonaro for se abrigar neles, o partido de Adriano Silva nem sente.
UNIVITELINOS
Os partidos de direita são como os de esquerda. Se dividem, mas no final se juntam. São apenas células que dominam o mesmo corpo e, portanto, remam em sintonia. O Novo é o velho e vice-versa. Sai Chico, entra Francisco.
SÓ
Exatamente por não ter nenhum outro prefeito no país inteiro, Adriano Silva vai se adaptar às formas. Ele não aguenta voar sozinho. Tem o perfil ideológico de Jair Bolsonaro. Faz cena, mas por trás dos panos, sentam à mesma mesa. Darci de Matos faz igual.
GOLAÇO
Darci de Matos foi forte no 2° turno. Consolida-se como voz em Joinville e, como deputado federal, vai se somar em favor da cidade que ama. Independente do laranja que assume, saiu forte. Até porque jogou contra Udo, a máquina e os partidos do ajuntamento.
ENDIVIDAMENTO
Quem perdeu a eleição, terá suas contas pagas de uma maneira ou de outra. Não existe almoço gratuito. Alguém paga e, neste raciocínio, quem ficou pendurado, agora descansa aliviado. Não há amor partidário no mundo político.
DERROTADÍSSIMO
João Paulo Kleinübing sai do pleito apenas com as marcas do atropelamento de Mário Hildebrandt sobre sua liderança. Ele perdeu o respeito de Napoleão Bernardes e sua luminosidade política. Fez um esforço gigantesco para tropeçar.
TROPEÇO
Com Mário Hildebrandt reeleito, Napoleão se fortalece para o jogo de 2022. O ex e atual prefeito reeleito, vão comungar a estadual com unidade. E os partidos de sua coligação, à exceção do MDB, já estão no GPS. JPK, no máximo, estadual.
HEGEMONIA
Visto como suplente de Amaro Lúcio da Silva na chefia de gabinete de Esperidião Amin, João Paulo Kleinübing vê o Democratas passar para o controle de Gean Loureiro. Se o prefeito de Florianópolis se mantiver no partido, JPK perdeu tudo.
ANIVERSÁRIO
Camilo Martins comemora mais um ano de vida ao lado dos excelentes resultados políticos que construiu ao lado dos aliados que deram a vitória a Eduardo Freccia em Palhoça. Ele apaga as velas e abre uma champanha ao lado do pai, deputado estadual Nazareno Martins.
EXCELENTE
Deu tudo certo para o prefeito de Palhoça. Fez o sucessor, tem o reconhecimento do pai para abrir o espaço para 2022 e o aliado Eron Giordani na força estadual. O aniversário é ao lado dos melhores com os protocolos de exigências, mas confiante. O mapa saiu-lhe perfeito para o futuro.
FORTE
Paulinho Bornhausen volta nas estaduais com o Podemos como Red Bull. Com Mário Hildebrandt e Fabrício Oliveira, que entraram no partido pelas suas digitais, o filho de Jorge Bornhausen reestabelece o controle para desenhar o retorno às urnas.
ELA
Carlos Moisés não chega só à principal Cadeira de SC. Leva consigo a deputada Paulinha, a Joana d’Arc do impeachment. A brizolista estrelou só neste palco de terror político vivido pelo marido de Késia. Ela tem espaço para ser o que desejar. Inclusive.
ELE
A entrada de Eron Giordani na Casa Civil é um recado da força de Julio Garcia ao alinhavar o retorno do Bombeiro ao Poder. De quebra, fragiliza o rival Gelson Merisio para 2022. O filho de Edegar Giordani vai construir sua estrada para deputado estadual.
ASSENTO
Leonardo Lorenzetti, o excelente staff da bancada Progressistas na Alesc, assume a posição de chefe de gabinete de Julio Garcia pela disciplina, discrição, ousadia e conhecimento do mapa da Casa. O rapaz é significativo e tem competência para responder na altura do antecessor.
SUMIU
A fotogênica deputada federal do PSL de Chapecó saiu menor que imagina dentro do processo político eleitoral. Caroline de Toni, mais para ilustração que trabalho, mostrou toda a sua fragilidade política na eleição. Como chegou, desapareceu sem deixar saudade.
RASTEIRA
Ao levar Leonardo Granzotto, um alienígena à disputa eleitoral, enganando-o com presença de Jair Bolsonaro no aeroporto sem poder de força para uma foto com o presidente, mostrou-a excelente em Facebook e Instagram, péssima em política. Se não se cuidar, cai em 2022.
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