Acabou o horário do lanche
Isso é um ambiente escolar, de aprendizado, de quem pode deixar de fazer em horário de interesses, para viver um descanso tolo. Carlos Moisés passou 24 meses em uma gastrite que quase tirou-lhe a vida. Tinha peixe, mas mastigou a espinha, o morango, mas preferiu o giló, surfou na baba do quiabo imaginado as ondas de Nazaré. É treinado em apneia, mas afogou-se. Reanimado por massagens cardíacas, os paramédicos do Tribunal de Julgamento deram-lhe uma valorosa sobrevida. Se tiver um recente presidente da Alesc que entenda suas iniciativas mais que as queixas, pula para a outra fase. Parece um jogo de videogame onde as etapas podem ir em direção às dificuldades, mas tem um habilidoso e buliçoso para passar as fases sem tilt. Quem jogou fliperama, sabe. Ao acompanhar o assalto em Criciúma, passa a ser um líder de verdade. É outro governador.
MEXENDO
A presença de João Rodrigues em Florianópolis com Carlos Moisés ontem, e na quinta-feira com ele novamente para falar sobre a questão da água, são movimentações que Eron Giordani está fazendo na Casa Civil. Entrosamento e presença.
CONVERSÃO
O objetivo é aproximar Carlos Moisés do Oeste e, plantando amizade e atenção, firmar a imagem que ele mesmo negou nos dois anos patéticos que governou. Bem amparado, o governador vai fazer a política do escuta-faz-se-der. Normal.
QUEIMADOS
Estorricados, Daniela Reinehr vai viver no ostracismo em que nunca saiu e seu salvador, Sargento Lima, talvez pior. Ambos não entenderam nada. Ela por falta de cérebro, ele em igual. Ao atravessar o mar vermelho, Moisés largou-os no deserto.
SÓ
Como Judas Iscariotes que recebeu do Mestre a orientação para ir e fazer o que era predestinado, Sargento Lima ficaria melhor cumprindo a missão a qual entrou no Tribunal de Julgamento. Como na enchente roeu as cordas da pinguela, ficou na margem errada. Leia-se.
OAB
Rafael Horn carimbou o melhor da entidade nestas eleições. Não só pelos debates que realizou, mas a discrição desenvolvida. O presidente da entidade ganha luminosidade e altura estatutária no que representa. A instituição protagonizou.
MELHOR
A Ordem, pela representação, manteve-se no episódio do impeachment com sua grandeza que impõe no Estado. Rafael Horn sai imaculado no trabalho que tem realizado não apenas pela maturidade e responsabilidade que imprime, mas pela cidadania exercida. Sua presidência ampliou.
TEMPO
Orvino Coelho de Ávila tem experiência e tranquilidade que a transição em São José exige. Várias vezes vereador na indiferença do fantástico Guinness Book, chegou à prefeitura porque soube fazer o caminho. Já sabe, pela história que lhe deu vitória, marcar os passos. A pressa é nos quatro anos.
VALENTES
Gervásio Silva, ex-prefeito de São José, deputado federal e milionário em simpatia, estaciona no Porto Seguro de suas convicções. Se Orvino Ávila levou o pleito, as digitais desta conquista saíram dele, Adeliana Dal Pont e Fernando Verdini. Até porque, melhor time, grandes resultados.
PASSOS
Adeliana acreditou em Orvino Ávila na descrença dos demais. Desgastado pela sequência de décadas como vereador, a prefeita sabia a melhor resposta. Uniu experiência e atitude. Sua ida em direção à Alesc, via ponte Pedro Ivo Campos, é um desafio de somas construídas em 2020. Tem o controle do mapa para chegar.
ENCALHADA
A bonequinha de porcelana que chegou ao Congresso Nacional em 2018, vai ter que arrumar votos em Brasília para retornar em 2022. Se depender de SC, Caroline de Toni volta para casa. Ela tropeçou na cota das mulheres e não fez ninguém nos municípios de SC. Bonitinha, mas assusta-se.
FRACA
Ser deputada federal para o patético José Tessari não deu em nada. Se tirar dividendos em Eduardo Bolsonaro, tem 20 meses para dizer a influência. Caroline de Toni é apenas uma silhueta chamativa. Quando fala, destrói o que seu figurino protege. É melhor ela não consultar prefeitos.
EXCELENTE
Zeca Farenzena, o melhor entre iguais, ganha canal de entrada e força com Eron Giordani na Casa Civil de SC. O Sindifisco, entidade que preside e trabalhou, diga-se, em camisa de força nestes dois patéticos anos de governo Moisés, garantiu a arrecadação que o governo usufrui. Paulo Eli é a brecha.
LUZ
Paulo Eli é, indiscutivelmente, o melhor secretário da Fazenda nestes tempos de inferno perfeito. Coronavírus, falta de diálogo com o Sindifisco, Moisés moribundo e patético e impeachment. O secretário da Fazenda e Zeca Farenzena unidos, são lampejos de certezas e sucesso. Agora clareou.
MESA
Começam as discussões em torno da Mesa da Alesc. Ali, Torre de Babel, é japonês em braile. O presidente Julio Garcia, silencioso, aguarda o final do controle. Se os pares estão procurando entendimento entre gritos, já olham o Estatuto para solução.
GRIFE
Encontrar um alfaiate para alinhavar uma fatiota plural, no tamanho dos interesses da Mesa, sem rachar a Casa, é o desafio. Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle, e 007, de Ian Fleming, cansaram. A Alesc, de muitos heróis, precisa definir. Errar na fissura, enfraquece.
ALTURA
Em tempos de Carlos Moisés em sede, a Alesc é a fonte. A Mesa é um lugar de imposição, controle e sabedoria. Não é uma eleição de presidente, mas quem com esta altitude. É um líder de igual para igual. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Na medida de pulso e respeito.
INTELIGENTE
O prefeito eleito de Cordilheira Alta olha para frente. Clodoaldo Briancini não quer governar olhando para trás e esquecer dos compromissos. Vai chamar os líderes comunitários e empresários para escutar além do Plano de Governo. Quer convergência.
CERTÍSSIMO
Em 2016, Clodo Briancini abriu mão da disputa em nome do consenso e, neste gesto, com chapa única, elegeu-se Carlos Alberto Tozzo, o Picasso. Em 2020, sem este compromisso que não honraram, venceu pela coragem.
MAIS
Destemido, Clodoaldo Briancini vai a Brasília bater nas portas de Esperidião Amin, Jorginho Mello e no gabinete de Carlos Moisés. Não quer perder tempo para buscar recursos. Disse que todos são um e em favor do futuro. Clodo venceu o pleito sem brigar com ninguém.
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