I me coppa

Cada vez mais eu me decepciono com a política de Xaxim. Não digo isso por causa do resultado do pleito eleitoral desse domingo. Me refiro a o que me ocorreu sábado, enquanto eu estava na praça cuidando das urnas do Plebisul.

Eu estava na Praça Central de Xaxim e vieram uns caras num Fluence branco e me chamaram. Chegando perto do carro, disseram que iriam me matar se eu continuasse fazendo campanha pro partido que eu estava apoiando. Eu imagino pra qual candidato eles trabalhavam. Não vou falar o nome porque não tenho provas concretas, mas imagino de onde as ameaças partiram. Então, se queriam ameaçar de matar alguém, que fossem atrás de todos os eleitores que são contrários a eles, e não a um simples apoiador partidário como eu.

Não registrei a ocorrência na delegacia porque os responsáveis não seriam punidos mesmo, afinal eu não tenho registro da ameaça em áudio ou vídeo. Enfim, o causo me lembra bem o filme “Tristeza do Jeca”, roteirizado, dirigido e estrelado pelo Mazzaropi. Um breve resumo: “Jeca, a esposa Filó, e os filhos Maria e Toninho, são trabalhadores da fazenda do Coronel Felinto, que disputa a eleição para prefeito. Seu opositor, o idoso Coronel Policarpo, é apoiado pelo Coronel Bonifácio. Ambos os candidatos querem o apoio de Jeca que é tido como um dos líderes dos trabalhadores. Jeca não quer se envolver na disputa, mas quando Sérgio, filho de Bonifácio, pede em casamento sua filha Maria, ele acaba deixando se influenciar e todos pensam que ele apoia Policarpo. O Coronel Felinto não aceita e ameaça a todos de expulsão da fazenda e rapta o filho Toninho, tentando forçar Jeca e seus amigos a votarem nele.”

Quem não tem proposta e argumento age assim e compra votos. Como eu disse antes, não falarei o nome do candidato que contratou os caras, mas quem conhece os três que disputaram o Executivo entenderá quem é o suspeito. Será que eu estava fazendo o papel do Jeca?