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Vieses e consensos | Coronavac: copo meio vazio, meio cheio...

Por: Ralf Zimmer Junior
12/01/2021 15:03 - Atualizado em 12/01/2021 16:45
Governo de São Paulo

A coluna de hoje abre espaço para quem entende do riscado quanto ao tema tratado, coincidentemente a esposa do colunista, Dra. Camila Guimarães Moreira Zimmer, mestre e doutora em farmacologia, pós-doutora em inovação tecnológica, com vasta experiência em desenvolvimento de medicamentos e produtos biológicos, fundadora da empresa HomeoSkin, que aqui se manifesta em termos mais informais para facilitar o entendimento do público não-cientista, com base exclusivamente no que foi divulgado em coletiva de imprensa pelos responsáveis pela pesquisa.

Veja-se:

“Os resultados divulgados pelos responsáveis pela avaliação clínica da Corovanac (incluindo o Diretor de Estudo da pesquisa) se mostraram promissores, mas somente para a população leiga.

Do ponto de vista científico, quando dois grupos experimentais não apresentam diferença estatística (P<0,05), significa que não há diferença entre os mesmos. Tendência significa probabilidade, possibilidade, não um resultado de fato, comprovadamente demonstrando que os dados gerados apresentaram diferença entre os grupos experimentais.

Isso não significa que, ao aumentar o número amostral (N), ou seja, ao aumentar o número de pacientes que serão vacinados, essa tendência não gere uma diferença estatística. Esse fato pode até mesmo acontecer (assim esperamos).

Dados robustos, nessa apresentação por rede nacional, significa que os dados brutos foram analisados tanto pela Instalação Teste (Instituto Butantan e colaboradores) quanto pelo órgão regulatório (ANVISA, no Brasil). Dados brutos (todos os dados obtidos durante a pesquisa clínica) necessitam que TODO o dado gerado possua rastreabilidade, nada assim foi excluído, além de treinamento e experiência por parte da equipe, tudo foi seguramente feito de acordo com as Boas Práticas de Laboratório (BPL) e boas práticas clínicas.

Como pesquisadora e cientista, o único ponto a realmente se festejar foi a segurança, a qual foi comprovada. Todos os efeitos adversos esperados (aqueles que já se pressupõe no início de um estudo, devido ao mecanismo de ação esperado do próprio ativo) e não esperados, são similares entre os grupos analisados: grupo placebo (sem substância ativa) e Item de Teste (vacina Coronavac).

Além disso, no meu entendimento, vacina tem a função de imunizar um paciente, impedir que o paciente seja contaminado, não somente que o paciente não apresente piora do quadro sintomático.

Repito, tendência não representa diferença estatística, ou seja, para mim, a eficácia é a mesma para os grupos placebo e Item de Teste. Em outras palavras, será uma aposta quanto à eficácia, tendo o que se comemorar, apenas no momento, o fato ser um produto biológico seguro”.


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