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Polícia Civil elucida assassinato encomendado ocorrido em Pinhalzinho em 2016

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Pinhalzinho, concluiu inquérito policial sobre o homicídio de Sandro Pires de Melo, na época com 42 anos, e indiciou cinco pessoas.

ENTENDA O CASO

Sandro desapareceu no final da tarde de 30 de maio de 2016, em Pinhalzinho, onde morava. Segundo a companheira, na época, ele havia recebido uma ligação para comparecer à subestação que estava sendo construída na linha Machado, interior da cidade, para fazer orçamento de manutenção de gramado.

O veículo que Sandro usava, na ocasião, foi encontrado pela viúva na manhã seguinte, em uma “pedreira”, situada às margens da SC-160, próximo ao CTG, em Modelo. O corpo de Sandro foi encontrado três semanas depois, em 20 de junho, às margens da mesma rodovia, na linha Doze de Novembro, interior de Campo Erê.

A investigação demonstrou que o crime foi encomendado pelo então sogro da vítima, em razão de desavenças pessoais, familiares e financeiras, já que ambos também eram sócios em uma empresa do ramo de gramas.

Na ocasião, a mando do sogro, os quatro executores atraíram Sandro para a subestação, na qual três deles na época trabalhavam como seguranças, e realizaram a emboscada. O assassinato ocorreu ali perto, nas margens da rodovia, próximo ao CTG, em Modelo, onde desferiram um golpe fatal de facão na cabeça da vítima, que veio a óbito. Depois disso, eles levaram o corpo até Campo Erê, onde o enterraram.

INVESTIGAÇÃO

Os elementos coletados mostraram ainda que o valor acertado pela execução girou em torno de 50 a 70 mil reais. Interrogados, todos negaram envolvimento, porém dois dos executores admitiram que de fato receberam proposta do sogro da vítima para matá-lo.

Os suspeitos foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Uma vez que se verificou que o crime aconteceu em Modelo e não em Pinhalzinho, como se acreditava no início, o inquérito foi encaminhado à Comarca de Modelo, onde eles serão julgados.

Ainda, em razão da gravidade do crime, do risco à ordem pública e também de que pudessem os autores ameaçar alguma testemunha ou mesmo se evadirem, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de todos eles, o que teve manifestação favorável do Ministério Público. Porém o pedido foi negado pelo Poder Judiciário, que decretou a eles outras medidas cautelares.

Além disso, o Ministério Público de Modelo ofereceu denúncia em desfavor dos indiciados, o que foi aceito pelo Judiciário. Agora, eles são réus e provavelmente irão a júri.

Por fim, a Polícia Civil esclarece que a demora para a conclusão da investigação se deve a três fatores: ao fato de se tratar de caso bastante complexo, em razão de a investigação de ter sido encaminhada para outra Delegacia quando o corpo foi encontrado, já que havia indicativos de ter sido o crime praticado em Campo Erê, somente depois retornando a Pinhalzinho e por ter havido, nesse meio tempo, algumas trocas de Delegados em Pinhalzinho e também dos policiais responsáveis pela investigação.


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