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Onze anos depois, Gavazzoni sai da Fazenda

Por: LÊ NOTÍCIAS
23/05/2017 09:36 - Atualizado em 23/05/2017 09:37
Gavazzoni destaca o zelo pelo interesse público e a capacidade de enfrentamento de crises (Foto: Divulgação/LÊ) Gavazzoni destaca o zelo pelo interesse público e a capacidade de enfrentamento de crises (Foto: Divulgação/LÊ)

Após ser citado juntamente com o governador do Estado, Raimundo Colombo, no depoimento do diretor de Relações Institucionais e Governo na holding J&F, que controla a JBS, Ricardo Saud, o secretário de Estado da Fazenda de Santa Catarina, Antonio Gavazzoni, pediu para deixar o cargo nesta segunda-feira (22). Em nota, Gavazzoni afirmo que “todos os encontros narrados foram presenciados por terceiros que testemunharão para esclarecer a verdade”, referindo-se à delação liberada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana.

Conforme Saud, foram pagos R$ 10 milhões em propina para a campanha de Colombo nas eleições de 2014. O objetivo, segundo Saud, era obter facilidades na licitação para comprar a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Na gravação, Saud conta que foi procurado por Gavazzoni. O delator também diz que Gavazzoni, Colombo e assessores teriam participado de um jantar na casa do Joesley Batista, em São Paulo, em junho ou julho de 2013.

A decisão de deixar o governo aconteceu depois de uma conversa do secretário com o governador Raimundo Colombo na manhã desta segunda. Acompanhe a nota na íntegra:

"Nesse tempo em que fui secretário de Estado e presidente de estatal me concentrei sempre em enfrentar problemas e crises. Nunca fui seduzido por assuntos que gerassem publicidade positiva, como inaugurações ou festas políticas.

Zelei cada dia pelo interesse público, trabalhei dando toda minha força, energia, conhecimento e capacidade para enfrentar grandes problemas públicos, desde a crise econômica e climática de 2008, depois à frente do grupo Celesc e, sobretudo, na Secretaria da Fazenda nestes últimos anos da pior crise econômica que o país e o Estado já viveram em toda sua história. Vencemos por não aumentar impostos nem atrasar salários.

Se isso tivesse ocorrido, a Segurança, a Saúde e a Educação teriam entrado em colapso, como aconteceu em vários estados. O progresso econômico e social estaria severamente comprometido.

Porém, apesar de todo meu entusiasmo pelas missões públicas, neste momento não tenho forças para seguir comandando os homens e mulheres de grande capacidade técnica que pertencem aos quadros da Fazenda.

Não vou descansar, mas me dedicar a mostrar a cada pessoa que confiou em mim ao longo desses 11 anos, que nada do que foi dito por criminosos confessos é verdadeiro. Todos os encontros narrados foram presenciados por terceiros que testemunharão para esclarecer a verdade. Os heróis brasileiros em que se transformaram os Procuradores da República e os Magistrados sabem e saberão julgar aqueles com quem lidam. Esses criminosos confessos, que buscam a qualquer preço montar versões que justifiquem a troca de penas alongadas por liberdade e vida milionária no exterior, não podem vencer".

Na nossa vida tudo tem um limite. A minha enérgica disposição para enfrentar problemas no Estado encontrou o seu: os dois fatos envolvendo questões eleitorais, injustas e improcedentes quando citam meu nome e, por isso, doloridas. Abro mão do foro privilegiado porque nada temo. Agradeço ao governador Raimundo Colombo pela confiança e amizade recíprocas, bem assim a todos os colegas de Governo.

Tenho Deus por testemunha de minhas palavras e, mesmo passando por tudo isso, só agradeço às amizades e simpatias que conquistei."


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