A VI Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CECTI) irá coletar as percepções dos representantes do ecossistema de CTI do Estado de Santa Catarina, analisar essas informações e gerar um documento com estratégias de crescimento e fortalecimento do setor. As inscrições para a conferência, que contará com diversos encontros entre fevereiro e junho, podem ser feitas clicando aqui.
A abertura, dia 25 de fevereiro, e o encerramento, dia 10 de junho, serão transmitidos ao vivo pela internet – assim como todas as atividades públicas da conferência. A VI CECTI é organizada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) e pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
“Como órgão estadual responsável pela política de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Fapesc busca compreender as necessidades do ecossistema e estabelecer estratégias para o desenvolvimento da pesquisa e da inovação. A Conferência Estadual é uma ferramenta importante para avaliação do que já feito, do que se avançou ao longo desses anos, das necessidades e prioridades para que possamos estabelecer essas estratégias de desenvolvimento do Estado. A expectativa é envolver os atores e decisores nas diversas regiões”, destaca o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen.
Segundo o secretário da SDE, Luciano José Buligon, a conferência trará contribuições para o Governo e para a sociedade. “O Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável, tem o objetivo de formular diretrizes e estratégias para o fortalecimento do ecossistema de inovação, já referência no Estado. Desta forma, a Conferência Estadual irá conectar atores da Academia, empresas, entidades e da sociedade civil organizada, que com base em suas percepções, irão contribuir na construção de propostas estruturantes, para ações de governo e empreendedorismo em Santa Catarina”.
Para o professor Amauri Bogo, diretor de CTI da Fapesc, a conferência é uma ferramenta de conhecimento. “O principal objetivo da conferência é coletar o verdadeiro estado da arte da ciência, tecnologia e inovação do Estado de Santa Catarina. Dessa forma, podemos dar continuidade à reunião de dados gerados em versões anteriores e manter um banco de dados eficiente que caracterize o que tínhamos no passado, o que foi realizado e o que ainda precisa ser feito”.
ENCONTROS REGIONAIS EM ABRIL E MAIO
A metodologia da conferência foi desenvolvida pelo Programa de Pós-graduação de Engenharia e Gestão do Conhecimento (PPGEGC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “O modelo permite que os catarinenses avaliem seus sistemas regionais de CTI, em percepção compartilhada por atores das quatro hélices de sistemas de inovação: Academia, Governo, setor empresarial e sociedade civil organizada”, explica o professor Roberto Pacheco, coordenador do PPGEGC.
Em abril, serão realizados encontros regionais para análise de percepção dos atores do ecossistema de CTI na Grande Florianópolis, Serra, Sul, Oeste e Meio Oeste, Norte e Planalto Norte e Vale e Alto Vale do Itajaí. Em cada encontro, 10 grupos de trabalho vão analisar as informações sob oito dimensões de seu sistema regional: instituições, infraestrutura, mercado, desenvolvimento regional, educação, ciência, tecnologia e inovação.
Em maio, novos encontros serão realizados nas mesmas regionais, nas chamadas reuniões devolutivas, onde será apresentado o resultado dos encontros anteriores. “Vamos devolver o que foi produzido em cada regional e comparar com as percepções da edição de 2015 da Conferência, o que é essencial neste processo de coprodução de conhecimento”, informa Pacheco. Essa parte da conferência também será pública. Todos os encontros serão online.
PODER DE COMPARAÇÃO E MAPA ESTRATÉGICO
A conferência está prevista na Lei da Inovação de Santa Catarina, de 2008, que foi regulamentada no ano seguinte. A última versão ocorreu em 2015, com um formato semelhante ao deste ano.
A conferência de 2015 teve uma segunda etapa em 2017, em que com as 450 sugestões regionais classificadas e sistematizadas, representantes de 27 organizações do Estado produziram um Mapa Estratégico de CTI.
“Para tal, primeiro as sugestões regionais foram tratadas, em cada dimensão dos sistemas regionais. Assim, os representantes das instituições catarinenses ligadas à CTI puderam produzir um Mapa com 35 Objetivos e 64 Ações Estratégicas, para cada uma das oito dimensões de sistemas regionais”, conta Pacheco.
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