Moacir Pereira imortal e presidente
Adir Pereira, a abnegada esposa do jornalista, perdeu o marido há décadas para a informação. Ela aceitou este divórcio em favor dos catarinenses porque sempre soube de seu valor cidadão em defesa da democracia e dos interesses da sociedade. E, mais que isso, um escritor sensível, dedicado e detalhista dos fatos que vivera com amigos, colegas e desafios profissionais. Somado, Moacir Pereira é 52 outros. Escreveu-os para retratar inquietações, valores e atitudes que riscaram homens de igual lisura pública e altruísta. Não à toa, é o nome mais alto do Jornalismo por seu mergulho profundo, campeão em apneia da comunicação. Agora, mais um pouco, assume a Academia Catarinense de Letras, onde seus iguais guardam singular apreço pelo conhecimento, cultura e respeito às ideias. Ali, com a cadeira número 3, vai presidir a ACL com posse no dia 25 às 19h e lançamento do livro “Academia Catarinense 100 anos de Letras”, do professor e imortal Celestino Sachet que, ao lado de Sérgio Sachet, assinam juntos quatro volumes de “Literatura dos Catarinenses”. Muitas luzes juntas que dão o clarão a ser seguido.
DISTANCIAMENTO
As lideranças do MDB passaram toda manhã de ontem dividindo-se ainda mais. A fragmentação deverá ganhar mais força em agosto quando os ulyssistas irão escolher quem será o candidato a governador. A tendência é o isolamento do senador Dário Berger.
RÁPIDO
Dário conta com apoio de Mauro Mariani, Eduardo Pinho Moreira e Rogério Peninha Mendonça. O trio trabalha com a força do nome do senador que nunca perdeu uma eleição. Com simpatia a granel, dando um banho em Antídio Lunelli e Celso Maldaner, Berger joga nestes potenciais.
JOGO
Celso Maldaner tem controle total da base e Dário Berger sabe que trilha em terreno adversário porque, neste caso, observa que o presidente do MDB está de braços dados com o prefeito de Jaraguá do Sul. Unidos, mesmo com o senador espirrando emendas aos prefeitos, não teria fôlego.
MOBILIZAÇÃO
Como o MDB tem perdigueiros treinados para achar ossos de dinossauros, começa a caça aos filiados para decidirem quem será o candidato a governador. Dário Berger, muito de pijama, tem dificuldade para correr no corpo a corpo. Não só ele, Eduardo Pinho Moreira e Rogério Peninha Mendonça.
CALOR
Os ulyssistas sabem como aquecer o debate e, neste caso, Celso Maldaner é PhD. O deputado federal é mineiro de Maravilha e aprendeu a buscar objetivos sem barulho. Foi assim quando furou os pés de Valdir Colatto, sendo voz única no Oeste, e com Dário Berger na convenção de 2019.
VARAL
Dário Berger vai começar a expor os repasses feitos aos prefeitos do partido e cobrar deles a fidelidade oferecida. Vai nominar cidade, recursos e os quadros que foram beneficiados. A assessoria começa a produção para bombardear a militância. Foram verbas que, em tese, garantiram suas reeleições.
LONGE
Rogério Peninha Mendonça sai da disputa a federal e coloca o nome para a majoritária mesmo longe do interior de SC. O cheiro da cebola da região de Ituporanga, onde foi prefeito, distanciou o deputado na visita às bases. Este gelo dificulta somar pró Dário Berger.
QUIETO
A militância de Carlinhos Chiodini no Oeste é um aditivo em favor de Antídio Lunelli. O prefeito de Jaraguá do Sul, ao lado do vice José Jair Franzner, tem PIB suficiente para fazer tremer as bases do MDB. Estrutura, recursos e poder de convencimento.
CONVICÇÃO
Antídio Lunelli corre em busca da oportunidade de disputar o governo porque sabe que o MDB é a pólvora do processo político de SC. O ocorrido na eleição de 2018 não tem nada a ver com a força do partido. A sigla tem fôlego suficiente para mexer com os brios mesmo sem LHS.
ENTÃO
Mauro Mariani está pescando em Penha, voltado à família e longe do debate. Na reunião do MDB na Capital, quadros do diretório alimentavam seu retorno às discussões. O ex-presidente ulyssista tem o respeito declarado dos militantes e não engolem seu distanciamento.
TOTAL
Julio Garcia volta ao palco do debate quando receber a informação de seu retorno ontem concedido. O estupro político violento que sofreu, mesmo com seus direitos judiciais garantidos, não tira o respeito construído com os pares. Na Casa, o calor será a mesma de sempre.
LICENÇA
Se entende que deve pedir afastamento para dar atenção à defesa, Julio Garcia pode optar pessoalmente. Hoje, pelos membros, tem o respeito que edificou na palavra e acordos que o mundo político permite. Seu destino na Alesc é pessoal.
MAIS
Um forte grupo entende que o parlamentar deva disputar seu espaço no debate eleitoral do ano que vem. Entendem que Julio Garcia tem densidade e força para se justificar na vida pública. Principalmente agora em que tem argumentos para mostrar sua altura política.
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