Quando o coletivo diz por si
Se tem algo que mostra a direção em que Florianópolis está seguindo, são os quadros ao lado do prefeito da Capital. Gean Loureiro pode comandar a ilha dos catarinenses de qualquer lugar. Os nomes que estão ao seu lado, nata dos melhores, poderia ficar até a Páscoa, inclusive passando pelas Filipinas e Monte Fuji. Se o marido de Cintia gosta de trabalhar, pode pegar férias. Ficam executando as ações o próprio vice, Topazio Neto, que é um empresário com 40 anos em gestão de pessoas e de caráter tranquilo, bom ouvinte e inclinado às soluções. Portanto, um excelente interino e fiel nos compromissos. Na Saúde, conta com Carlos Justos, o professor Paraná. Um Sherlock Holmes que acha soluções para o perigo da pandemia e nome respeitado no país. Na Segurança, o comandante-geral da PM, agora na reserva pela traição de Caroline de Toni, Araújo Gomes poderia ter comandado a Força de Segurança Nacional. É autoridade de firmeza e sem truculência. Na mobilidade, o arquiteto e urbanista Michel Mittmann, com assinatura em projetos como o Ponte Viva-Hercílio Luz para as Pessoas, o Calçada Certa, o +Pedestres e +Pedal, a formação da Rede de Espaços Públicos, não dorme procurando espaços na Capital. Em Assistência Social, jogou a terra dos Manezinhos na procura da melhor gestão nesta área pais afora. Maurício Pereira na Educação, com pós-doutor, desenha grandes resultados que manteve presença na Secretaria da pasta. Na Infraestrutura, a experiência do secretário Gallina, diz tudo. Ex-presidente da Casan, conhece cada rua, cada projeto, um mapa-man. Sem desmerecer aos demais, lembra-se de Juliano Richter Pires no Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, discreto e eficiente, autofalante de todo o processo de informação interna. Isso quer dizer que Desterro tem um pelotão de trabalho capaz de apresentar resultados eficientes que Afrânio Boppré não vê. Míope, o vereador sabe que hoje, com a velocidade da informação e da internet, se está mesmo não estando. Imagina o custo presencial de senadores e deputados. E, mesmo assim, as operações em favor do país, fluem. Acorda edil.
DESCONTROLE
Prefeitos desesperados como Oscar Martarello, em Xanxerê, dão dimensionamento do tamanho do rombo que o coronavírus tem. Como dizem, as coisas acontecem no município. O vírus também. Ele, caindo como chuva ácida, desafia os tolos.
PARABÉNS
Estimulados a serem idiotas do vírus, os ideólogos negacionistas só acionam o cérebro a pedido do seu igual. Ele, fantasiado de tudo o que não se deve fazer, sai às ruas sambando sobre os cadáveres. Nem Dante seria tão original neste inferno.
TURISMO
O ventríloquo vai a Xanxerê e Chapecó fazer o passeio macabro. Sai de Brasília, a mitocôndria do pesadelo, para aterrissar no inferno. O ganho disso, são as milhas públicas. Nada a acrescentar ou subtrair, o ministro da Saúde voa com Jorginho Mello. Pode aproveitar para aprender a fazer algo que valha.
FILME
Durante o trajeto da central do inferno em Brasília, para a periferia deste, Eduardo Pazuello será monitorado a falar somente o que não sabe. Vai dizer aquelas decorebas a que é sujeito e nada mais. Seringa vazia, vai fazer vento verbal na gôndola de corpos.
ELE
Aquele discurso que um militar faz quando autoriza seus súditos a atirarem em direção ao condenado vendado, tem muito a ver. Ordens não se discutem. Em Xanxerê e Chapecó, aperta o gatilho verbal e diz que sente muito as dores dos familiares, mas faz o que manda.
PROPAGANDA
É a arma do negócio. Pode ser muito ruim, mas tem consumidor que adora. Fica acenando em direção ao produto mesmo que seja radioativo e mate. Publicitários sabem que porcaria vende. Joseph Goebbels era assim. Acenavam em sua direção antes da câmara de gás.
SENTENÇA
O coronavírus inaugurou um novo método de massacre em massa. Antigamente era mais rápido. O pessoal ganhava uma chuva de gás ou simplesmente rajadas em um buraco, e o silêncio da morte vencia. Agora mudou tudo. As pessoas fazem grandes festas e, aos poucos, vão caindo.
FESTAS
Há dois tipos em andamento. Aquelas de aglomerações, pisando no pescoço das máscaras inimigas, e a dos médicos quando tiram um deles da UTI. Agora, morrendo muitos jovens, a rave do coronavírus reina em absoluto. Chapecó e Xanxerê começaram assim.
SHOW
Para resolver o problema desta praga toda, tem que fazer uma rave de ministros, de preferência com sertanejo universitário, este maravilhoso som que chega destruindo um ouvido inteligente. Coloca todos eles tomando guaraná Jesus, aquela tubaína rosa e, em 15 dias, tudo resolvido.
OSCAR
Imagina um coro único dos 295 prefeitos de SC gritando rave, rave, rave. Aqueles ministros brindando com Amado Batista e Wesley Safadão. Festa negacionista com Joseph Goebbels filmando a orgia da queima de vacinas e máscaras banhados em álcool em gel.
PENÚRIA
O Brasil foi em direção genocida. Cada escolha, uma renúncia, agora faltam panos para lenços. A dor coletiva, com amados enrolados em sacos e depositados em buracos, ainda não convenceu os incrédulos. Só quem viu a dor disso, pode narrar. Médicos, não ministros.
BLÁ
Muita falação, pouca ação. O país perde como retardatário e, quando acelera, vai em direção ao muro. A pandemia ganha como o placar de Brasil e Alemanha. Quem assiste aos pernetas jogando, grita pelo próprio olé e morre. Coalhada ri, a nação chora.
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