O tratamento precoce contra o coronavírus foi tema de reunião de trabalho online, promovida pela Câmara de Vereadores de Chapecó, nesta quarta-feira (03). O encontro foi realizado atendendo requerimento de autoria do vereador André Kovaleski (PL), reuniu demais vereadores e também teve a participação dos médicos Diego Leonardo Bet e Débora Martins, ambos favoráveis aos tratamento precoce, mesmo sem comprovação de estudos científicos.
O tratamento precoce é um assunto que foi ganhando espaço nos debates dentro e fora do Brasil, principalmente em função do período em que as vacinas contra a Covid-19 eram desenvolvidas. “Precisamos ouvir especialistas sobre esse assunto. São opções que não podem ser descartadas num período caótico que estamos vivendo”, contou Kovaleski, ao justificar o pedido do encontro.
A neurologista Débora Martins, foi a primeira a se manifestar. Ela apresentou dados referentes aos estágios da doença e citou municípios do país que adotaram protocolo de tratamento precoce, que segundo ela, obtiveram bons resultados. “Em Porto Feliz (SP), uma série de ações foram tomadas, inclusive com medicamentos. Atualmente, tem a menor taxa de mortalidade por coronavírus do Brasil”, exemplifica a dra. Débora. A médica fez duras críticas ao atendimento realizado em Chapecó. “O paciente vai até a UPA da cidade e recebe apenas medicamentos fúteis para combater a Covid-19”, afirmou.
O dermatologista Diego Bet, também se mostrou a favor do tratamento precoce e disse que todas as doenças devem ser combatidas rapidamente. Segundo ele, os antivirais, por exemplo, devem ser aplicados em até 72 horas. “Os medicamentos podem bloquear a entrada do vírus na célula. Isso representa menos sofrimento, menos UTI e mais vida”, destacou.
A reunião de trabalho que foi toda realizada de forma virtual também foi exibida pelos canais oficiais do legislativo. O público por intermédio das redes sociais, teve a oportunidade de fazer questionamentos aos médicos. O vereador André Kovaleski, avaliou de forma positiva a reunião de trabalho. “Dados foram apresentados e opiniões foram dadas. A Câmara de Chapecó fez seu papel de debater este assunto. Espero que a saúde pública da cidade leve em conta tudo o que foi discutido e tire suas conclusões”, finalizou.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro