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Feminismo é machismo de calcinha; Mulher x Homem; A luta contra desigualdades; Redes sociais delas; O país descontrolado

Por: Marcos Schettini
08/03/2021 09:19
Ricardo Wolffenbüttel/Secom

Arrasta-me para o inferno

A Pfizer ofereceu ao governo brasileiro 70 milhões de vacinas em agosto do ano passado, que ignorou a proposta. Um número significativo de imunizante que, faltando agora, jogou o país na falência total da saúde e recordes de mortes diárias por coronavírus. Agora 21 estados estão propondo um fechamento conjunto único para frear a carnificina de brasileiros em várias partes do país. A ideologia adquiriu milhões de hidroxicloroquina e outras variantes, para o chamado tratamento precoce que a comunidade científica não reconhece. E pior, pode matar por outras consequências que não tem nada a ver com a pandemia. Agora quer intervir para não deixar que os municípios tenham direito à compra dos imunizantes. A ala pró insanidade, não dá atenção à ciência e insiste que a cloroquina salva da Covid-19, mesmo sem ter qualquer comprovação. Ao tomar, possa ser que funcione com alfafa.


ENTÃO

As mulheres são superiores aos homens há anos e tudo está em torno disso. Elas querem poder para determinar limites que, em tese, é a mesma ditadura. Feminismo é machismo de calcinha. Tem a mesma busca de controle que, no final, oprime tanto quanto.


OPOSIÇÃO

Machismo é o time adversário de tudo e todos. Ele se manifesta em todas as direções e evita ser confrontado. A política é seu braço mais forte e a economia, a cereja no topo disso. A desigualdade comprovada, diga-se, só não é mais perversa devido a luta das mulheres.


LUTA

As mulheres vivem os mesmos dilemas por décadas e comemoram uma data de luta que hoje está longe daquelas corajosas que afrontaram o sistema. O cheiro de seus corpos, queimados em um enfrentamento de classe, ainda não entrou nas narinas das atuais.


DIFERENÇA

A mulher divide de si em tudo. Discriminam-se no financeiro, na beleza física, no preconceito racial. Não é o todo, mas a divisão disso. Querem vencer uma luta em direções divergentes quando, na real, sofrem as mesmas dores. Diana não é como a Bastiana, nem Chiquinha como Sofia.


RASO

Na questão política, é um desastre. Para disputarem uma eleição, foi preciso a força da lei, obrigando-as a mergulharem no debate, submetendo-se às discussões, pela cota partidária. As siglas saem na caça para encontrar nomes que, mais laranja que amazona, levam para validar no TRE.


FUNDO

A violência contra a mulher não é apenas doméstica, mas também fora. Ao levantarem cedo para ir ao trabalho, não tem creche e ganham menos nas mesmas funções, é a punhalada silenciosa. Maria da Penha apanha muito mais na indiferença que demonstram.


POLÍTICA

Feminilidade tem mais força que feminismo. A primeira faz revolução silenciosa, dominando pelo charme, a segunda à bala, à Marselhesa. A mulher revolucionária amamenta o filho em um seio e, no outro, pendura o rifle. Quando não é isso, torna-se poesia.


DITADURA

Machismo e feminismo são células do Capital. O primeiro pela escravidão disso, o segundo por não entender o jogo. Não existe liberdade sem o controle democrático do Poder. Ambos submissos, são antíteses em oposição patética.


LIBERDADE

É uma assimilação, não um conceito. Busca-se no atacado, não no varejo. Não se limita ou se expande, apenas adquire-se. As guerras, em qualquer tempo, foram para oprimir ou libertar. Todas elas, sem exceção, ligadas à conquista da Terra.


DIREITOS

O poder do orgasmo, quando não foi interpretado, escravizou. A sexualidade da mulher, reprimida ontem, enganou-as na igualdade da moda, passarelas e shopping. Se os passos rumo à liberdade é batom, cílios e lingerie, comemorem. O machismo ama.


REPRESSÃO

A história não avança nas dondocas. Elas, expressivas nas redes sociais, ensinam como fazer sexo no Instagram. Não lembram das creches, violência doméstica e liberdade porque são treinadas na visão machista de convivência. Tem uma arma, mas miram nas próprias têmporas.


REVOLUÇÃO

É silicone, unhas postiças e cílios leque. Infinitamente bonitas, capricham nas roupas. Hoje, ninguém aguentaria uma Rosa Luxemburgo e Alexandra Kollontai sem estes atributos. Luta, assim, mais gostosa, é feminismo de salão de beleza e aborto ilegal.


BACANA

Caroline de Toni e Ana Campagnolo odeiam Cacilda Becker e não entendem o que ela representou na luta das mulheres. As duas deputadas vão envelhecer na versão Versalhes do século XVII daquele patético deputado Orleans e Bragança.



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