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Vieses e consensos | 30 milhões no modo louco pensando que são médicos: retrato de um Brasil imbecilizado

Por: Ralf Zimmer Junior
17/03/2021 12:08
Marcos Corrêa/PR

De médico e louco, todos temos um pouco, diz o ditado.

Nunca fez tanto sentido o dito popular, como agora, durante a pandemia do novo corona vírus.

As redes sociais, os grupos de zap, os abaixo assinados virtuais, parecem por na lona as autoridades sanitárias e os médicos, que na visão da legião loucamente pensando que é médica tem feito “tudo errado”.

É só fazer o “tratamento preventivo”, “fechar os comércios é coisa de comunista ditador”, dizem aqueles que pensam ser especialista e estarem cercados por burros, mal-intencionados e inconsequentes ou pela delirante (variável da esquizofrenia com cepa de ignorância) “nova ordem mundial”.

Agora, a falta de leitos em hospitais, pessoas morrendo nas próprias casas à falta de UTI, só são vistas pelos rebeldes da classe média que pensa que é rica, se for familiar, se não... são números que a “ivermectina” ou algo do gênero teriam evitado se seguissem o “mito”.

O mais paradoxal disso é que o Presidente, que nunca teve assinada e nunca assinou uma carteira de trabalho, tampouco cursou sequer um mês de medicina em universidade alguma, é visto pela legião de fanáticos como o “xamã” contra a “balburdia” que a ciência não tem dado conta de resolver.

Enquanto Pazuello alegava o atraso na compra de vacinas por conta de cláusulas que desoneravam os fornecedores de eventuais responsabilidades, a Rede Record enaltecia a prefeita da minúscula cidade de Rancho Queimado, cuja população flutuante de final de semana supera meia dúzia de gato pingado que realmente vive na cidade. Mas a emissora de DNA de Edir Macedo (aquele mesmo, milionário às custas de muito trabalho com a fé alheia, sobretudo), quiçá seguindo a linha editorial da famigerada “globo lixo” às avessas, também passa informações deliberadamente incompletas, à medida que não tem dito à população, MAS DEVERIA!, que o dito “tratamento precoce” tem vindo acompanhado de declaração firmada por cada paciente desonerando completamente o médico que fez a receita de quaisquer eventuais responsabilidades.

Logo, evidente, desoneração por desoneração, falta de evidência por falta de evidência, seguir Israel (que o governo federal diz ter boas relações), e mais o mundo civilizado, em busca de aquisição de vacinar urgentemente, é o mínimo de um governo que se importa minimamente pela vida de seu povo deve (ria) fazer.

Afinal, os impostos pesados que a União suga dos Estados e Municípios, servem para que(m)?

Malgrado meia dúzia de ladrões dos Estados, e que respondam por isso (afinal cadê os 33 milhões dos catarinenses que sumiram na onda de quem nos empurrou para um “17 de cabo a rabo”?!?!?), um governo federal minimante sério estaria envidando esforços máximos pela aquisição de vacinas e pelo socorro da população, mas o que se tem visto é um sistemático “lavar de mãos” do “andar de cima” e um “jogar culpa” em geral para justificar a injustificável e fragrante covardia que provém do Palácio do Planalto e de seus apoiadores esclarecidos, que manipulam parte da população desavisada, que se agarra em memes reducionistas por preguiça ou medo de enxergar ao derredor a complexidade da questão que realmente assombra quem é e faz força para ser “cavalo de padeiro”.

Em suma, o desespero de prefeitos e governadores, que como mães em famílias de pais omissos, deve aplicar o remédio amargo em filhos infantis e irresponsáveis (que aglomeraram feliz da vida no Carnaval) decretando limitações de circulação no afã ao menos de aliviar a fila por espera de UTI na rede pública.

Como “mães desesperadas” que tomam medidas drásticas, mas desnecessárias, assistem ao “pai omisso por vocação” promover a “alienação parental” do tipo mais clássico à moda “engenheiro de obra pronta”.

Houvessem adultos na sala, na “casa do pai”, com endereço em Brasília, sobreviria a decretação de um Estado de Sítio (parte dos filhos lambe botas adorariam, inclusive, pois reduziria as liberdades individuais como uma espécie remixada e de efeitos mais leves do AI5 que tanto veneram as hostes que clamam por um “ducce” à falta de representação sadia da figura paterna em suas almas) coordenando o “fechamento-abrimento” de serviços com as regiões do País conforme o índices de ocupação hospitalar.

Contudo, e não é de hoje, o político profissional, tal qual Bolsonaro que vive de eleições há 30 anos (com urna eletrônica e tudo...), costuma fazer o cálculo baseado na forma “retrospectiva em perspectiva”, em que projetam cenários para o momento da eleição e a partir daí constroem discursos hoje que “casem” com o que se encontre “lá”. Uma lógica pragmática pela manutenção do Poder, do tipo, “se vai morrer muita gente e manter o desemprego, borá culpar geral por tudo, porque quem ficar vivo vota e vai estar impelido a achar –tal qual no futebol – um culpado...antes governadores e prefeitos que o presidente...será que assim que pensa Jair? ”

Assim, culpa-se a China, a variável mais latente da loucura: “a nova ordem mundial”, a ONU, a OMS, o STF, governadores, prefeitos, Hamilton Mourão, Sergio Moro, laboratórios, de modo que cobrar o Messias até parece que se queira está cobrando o presidente da República...ops, parece que são a mesma pessoa...

Nesse caldo que se diz ideológico, com pitadas de alienação, flutuam os corpos das vítimas enquanto quem mais precisa fica agarrado ao fundo do tacho aguardando um auxilio emergencial que beira à esmola – enquanto Flávio Bolsonaro faz sua mudança ao seu novo imóvel de quase 6 milhões de reais – e parcela da classe média alta, com seus carros importados, fazem carretas para reclamar, no fundo, preocupadas que sua empregada doméstica não poderá com as restrições vir lavar suas roupas na segunda feira.

Para terminar, a esquerda não menos patética, que queria Daniel Silveira praticamente na Guilhotina, agora se compadece com Felipe Neto, pelo mesmo abuso de linguagem às avessas. Começando achar que o “centrão” ainda é o menos pior da História... haja estômago para ver um Pais polarizado por um lula há 30 anos e por um Capitão aposentado aos 33 anos, se alguém souber de alguém que não tem filho acusado de Lobby (me parece que quiçá esses dois tenham), e que tenha trabalhado a vida toda, sem aposentadorias precoces, gentileza avisar na recepção!


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