A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Pinhalzinho, concluiu investigação sobre crimes eleitorais ocorridos no município.
No dia das eleições municipais, em 15 de novembro de 2020, quatro homens foram autuados em flagrante por estarem realizando boca de urna, transporte ilegal de eleitores e compra de voto nas proximidades da Escola Marcolino Eckert.
Na ocasião, com um deles foi encontrado R$ 3.000,00 em espécie, além de “santinhos” de candidato a vereador. A partir daí a Polícia Civil, passou a aprofundar as investigações, descobrindo-se que o então candidato a vereador de Pinhalzinho (que acabou sendo eleito) se valia de seu irmão e outros dois homens que trabalhavam em sua campanha para a compra de votos.
A compra se dava várias formas, sendo oferecido diversas tipos de vantagem. O mais comum era oferecer cerca de R$ 50,00 ou uma quantidade de gasolina correspondente a esse valor em troca de cada voto. Em alguns casos, chegou a ser oferecido R$ 100,00 por voto. Com uma eleitora identificada se chegou a encomendar seis votos por R$ 300,00.
Pela equipe do vereador foi oferecido transporte a eleitores de Nova Erechim, Chapecó, Maravilha, dentre outros.
O vereador e seus dois “ajudantes” foram indiciados pelos crimes de compra de voto, transporte ilegal de eleitores, já que eles levavam eleitores para votar e depois os levavam para casa, o que é vedado pela legislação eleitoral e por boca de urna. O irmão dele foi indiciado por compra de voto e transporte ilegal de eleitores.
Além disso, outros cinco potenciais eleitores também foram indiciadas por delito eleitoral, já que também comete crime quem negocia seu voto em troca de alguma vantagem. O inquérito foi encaminhado à Justiça Eleitoral.
A pena para o crime de transporte ilegal de eleitores é de reclusão, de quatro a seis anos; para a compra e venda de votos, é de reclusão, de até quatro anos; e para a boca de urna é de detenção, de seis meses a um ano.
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