O Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados em Santa Catarina (Sindicarne) e a Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) – as duas principais entidades de representação da agroindústria catarinense – consideraram altamente deletéria a decisão da companhia aérea Azul em suspender o voo diário entre Chapecó e Florianópolis, a partir deste sábado (20).
O presidente da ACAV e diretor do Sindicarne, José Antonio Ribas Júnior, avalia que “o fim da ligação aérea direta entre o litoral e o oeste criará sérios embaraços para a economia barriga-verde.”
Lembra que a região polarizada em Chapecó representa a maior base das cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura, da produção de lácteos e de grãos e, principalmente, a maior concentração de indústrias de processamento de carne do País. Observa que é, também, um dos maiores centros universitário, comercial e de serviços de Santa Catarina.
Para o dirigente, é inconcebível que o principal polo econômico do interior catarinense permaneça sem ligação direta com a capital, lembrando o grande número de empresários, professores, técnicos, funcionários públicos e viajantes em geral que usam regularmente a linha aérea.
O diretor executivo das duas entidades, Jorge Luiz de Lima, lembra que a operação da linha Chapecó-Florianópolis sempre foi fortemente superavitária e a forte queda da demanda desta linha aérea regular é um reflexo da pandemia do novo coronavírus, como ocorre em muitos setores. “Essa situação é temporária e, certamente, a demanda voltará ao seu nível histórico mais elevado nos próximos meses”, acredita.
O Sindicarne e a ACAV entendem que a companhia aérea Azul deveria fazer ajustes na operação, utilizando um aparelho menor, mas não encerrar (mesmo que temporariamente) a ligação oeste-capital.
A ligação aérea Chapecó-Florianópolis passará a depender de escalas em Campinas (no caso da Azul) ou Guarulhos (no caso da Gol e Latam) o que tornará o voo mais caro e muito mais demorado.
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