A Prefeitura de Jaraguá do Sul, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, entregou ofício ao presidente da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), Kelvin Soares, desistindo de sediar a 60ª edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina, que ocorrerão neste ano. O documento foi entregue pela secretária Natália Lúcia Petry, durante a visita do presidente da Fesporte a Jaraguá do Sul, na sexta-feira (12).
No documento, a gestão municipal cita a questão da pandemia de Covid-19, ressaltando que o momento é de incertezas que envolvem, inclusive, o risco de vida. “Neste cenário, a gestão municipal de Jaraguá do Sul não se sente em condições de preparar-se para tamanha responsabilidade em receber adequadamente o evento e declina da sede em 2021”, diz parte do texto.
Natália Lúcia Petry lembrou que inúmeras melhorias que estavam previstas na estrutura esportiva deixaram de ser a prioridade orçamentária do Município e do Estado por conta da pandemia e reforçou ao presidente o fato de que enfrentamos lotação máxima em diversos hospitais catarinenses, sendo que a taxa de ocupação de leitos das unidades de terapia intensiva (UTIs) apresenta recorde tanto da rede pública quanto da rede privada. “O Estado de Santa Catarina sofre com a situação de calamidade que traz consequências graves na economia nos mais diferentes setores. Os orçamentos municipais seguem voltados à saúde e desenvolvimento econômico da comunidade, tentando reverter este quadro crítico atual”, pondera.
O ofício menciona, ainda, a questão das escolas que estão comprometidas com o retorno do ensino presencial, com metas criteriosas a serem atingidas até o final do ano e não dispondo de datas para reservar em seu calendário a acomodação dos milhares de atletas, técnicos e dirigentes participantes. “O número de salas para alojamentos que seriam suficientes em situação normal, neste momento não supririam as necessidades respeitando-se os limites de ocupação”.
A administração reforça que durante a competição, estaríamos envolvidos com inúmeros protocolos sanitários, em alojamentos e locais de competição, e isso depende de orçamento elevado (material e pessoal), assegurando a proteção de todos os participantes.
“Cabe refletirmos que o objetivo do evento no que se refere a desenvolver o intercâmbio esportivo entre os municípios catarinenses, proporcionar boas relações entre dirigentes, técnicos e atletas, estabelecer inter-relações entre os esportistas e o Poder Público, perde completamente o ¨clima¨ festivo e a comunidade jaraguaense não receberia calorosamente o evento num período em que a situação de saúde e financeira das famílias sofre perdas e dificuldades, portanto com prioridades em outros fins”, menciona Natália, lamentando tomar esta decisão
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