Entre o jogo de culpas pelas dificuldades fruto de ações e omissões variáveis, num ponto, o catarinense concorda: não pode passar impune o roubo que nos impuseram no início da pandemia.
Pessoas sofrendo à falta de leitos de UTI's, outras passando fome ante o inescapável lockdown, e nesse intermeio 90 por cento da Alesc clamou por investigação face eventual participação do governador na esparrela.
O presidente do TCE chegou dizer em CPI na Alesc que alertou, de véspera, diretamente o governador para não comprar sem garantia aparelho algum.
É escarrar na cara do catarinense o que fizeram!
Não contentes os envolvidos no crime, os resquícios de crueldade se avolumam por terem pago a uma casa de meretrício do subúrbio carioca, dispensando empresas sérias locais, ao tempo em que a sociedade agoniza a perda de filhos, pais, mães, avós, amigos, empregos.
A Alesc e o TJSC, por seus representantes, não vai decidir dia 26 se Moisés é culpado ou não. Isso é só depois dele produzir sua defesa na fase subsequente.
O que será decidido é se irão assar a pizza da impunidade açodada com formol no corpo e na alma dos catarinenses numa das inúmeras funerárias abarrotadas pelo corpo sacro de nossa gente, com pitadas de hipocrisia e desprezo aos cidadãos, ou se vão se dignar a fazer o que é minimamente correto: receber a denúncia para, após contraditório, aquilatar a responsabilidade ou não do senhor Moisés.
A dignidade de Santa Catarina se encontra na mão de cinco desembargadores e dos deputados: com a palavra, Marcos Vieira (PSDB), Cobalchini (MDB); Fabiano (PT); Laércio (PSB) e José Milton Schafer (PP), este último terá de decidir se além de Líder do Governo é advogado da impunidade ou da transparência?
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