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Vieses e consensos | 33 milhões: o roubo e o sangue na mão dos cúmplices!

Por: Ralf Zimmer Junior
25/03/2021 10:35 - Atualizado em 25/03/2021 10:36
Maurício Vieira/Secom

A hecatombe pela má gestão da pandemia, conquanto de espectro nacional é sobressalente em Santa Catarina por pois fatores.

O primeiro, porque o STF deu grande autonomia aos Estados para combater a questão.

O segundo, porque em Santa Catarina roubaram-nos aproximadamente 33 milhões de reais numa pretensa compra de respiradores chineses, que tem feito muito falta dado o número assustadoramente crescente de mortes de nossos irmãos pelo Covid-19.

A fraude da compra dos ditos respiradores da China, na ordem de 33 milhões de reais, pagos, sem garantia, à uma casa de meretrício do subúrbio carioca, responsável por intermediar a esparrela, é a página mais revoltante da história de nosso Estado, até então... corre o risco de passar ser a “segunda” se sexta-feira haver outra esparrela de maior envergadura...

Comissão Parlamentar de Inquérito, instaurada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), colheu elementos que apontam, em tese, para a possível responsabilidade do governador Moisés no caso.

A uma, porque o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Dr. Adircélio, esclareceu que ligou de véspera ao governador para alertá-lo a não efetuar compra sem garantia.

A duas, porque quase que cem por cento do Parlamento acolheu o relatório da CPI e autorizou o procedimento de impedimento ir adianta.

Ocorre que nesse intermeio houve um realinhamento de Moisés, notadamente com o deputado Julio Garcia, presidente da Alesc até início deste ano, que dentre outras “políticas” cedeu seu competente chefe de Gabinete, Eron Giordani, para ser chefe da Casa Civil de Moisés.

O ponto é, será que por meia dúzia de cargos ofertados no Governo Moisés, os senhores deputados irão chamar a si a carnificina que vive o Estado e ficar com sangues nas mãos a aliviar levianamente o avanço da apuração de eventual responsabilidade do governador no roubo dos 33 milhões de reais de nossa gente, no meio da pandemia, enquanto morrem nossos irmãos aos borbotões por conta da Covid-19?

Sinceramente, se tal omissão se concretizar passará ser o dia 26 de março de 2021, em termos de catástrofe, superior aos próprios fatos em julgamento, ao passo que seria uma guinada de entendimento em prol da impunidade do fato mais nefasto de nossa história em razão do balcão de negócios que parece rumar a se cristalizar nos Parlamentos pátrios, e, há quem diga, “com Supremo e tudo...”

Não, ninguém está condenando Moisés! O que está em jogo é se temos um Parlamento e um Judiciário minimamente sérios, que levam adiante processos quando há indícios de autoria e materialidade somente contra pobres ou também contra autoridades de alto escalão que tem poderes de “acomodar” esposas e prole de “uns e outros” por vezes em cargos de livre nomeação e exoneração?!?!

Ilações do tipo “ele é melhor que ela”, referindo-se ao fato de Daniela, a vice, por ser leal a Jair Bolsonaro, cuja onda de 2018 elegeu a chapa e teria hoje políticas controvertidas de combate à pandemia, não passa de comportamento misógino na quintessência dos detratores face a nossa vice-governadora. Ora, mulher “só presta” na política se for de esquerda? Que papagaiada é essa de “empoderamento feminino” se nenhuma deputada de Santa Catarina até hoje fez uma declaração (corrija-nos se equivocado) em prol de apoiar Daniela acaso, na forma da Lei, o Estado tenha que vir a seu comando?!

Daniela sim, ao contrário do que dizem seus críticos, é legítima e competente para assumir o Governo até que se apure a responsabilidade de Moisés e, acaso condenado, é quem deverá nos governar, portanto, merece todo nosso apoio e respeito para ajudar tirar nosso Estado do atoleiro que se encontra no que concerne não só à pandemia, mas à transparência do trato da coisa pública.

Que nosso Parlamento e nosso Judiciário não entrem para história como um punhado de covardes que deixaram de apurar fatos seríssimos em troca de pretensas “estabilidades de Poder” (ou cargos?),e que se dignem a levar adiante à apuração de impedimento face a Moisés, para que após defesa em contraditório deste, haja um julgamento de mérito sereno e justo, sob pena de cristalizarem em suas próprias mãos as lágrimas e o sangue da carnificina que assola nossa gente e passarem a ser cumplice desta revoltante página em nossa história?!


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