Que um relacionamento amoroso deve ser baseado no respeito, cumplicidade, companheirismo e carinho, todo mundo sabe. Mas, e quando essa relação precisa ser mantida à distância? Como superar os quilômetros longe um do outro, a saudade e a carência afetiva quando se está distante da pessoa amada? Para marcar o mês dos namorados, três casais contam como é possível manter um relacionamento firme e sólido, mesmo à distância, e mostram que o amor verdadeiro pode superar tudo.
Enfim, sós!
Há oito anos, quando Fernanda Fernandes Vicente, colaboradora da Unimed Chapecó, e o marido, Alex Gheno, se conheceram, moravam a 600 quilômetros de distância um do outro. Fernanda residia na cidade de Braço do Norte, no sul de Santa Catarina, e o viu pela primeira vez em uma viagem que fez a Chapecó. Foi durante um mesmo evento em que estavam presentes, graças a uns amigos em comum, que conversaram pela primeira vez e, então, Alex pediu o telefone de Fernanda. “Como a distância era muita, não considerei a possibilidade de nada”, lembra ela.
Porém, na semana seguinte ao evento, Alex ligou para Fernanda e, a partir disso, vieram os e-mails, mais telefonemas e, ao longo dos dias, já estavam compartilhando, à distância, os problemas, a rotina, as alegrias e conquistas de cada um. Um ano depois, começaram, oficialmente, a namorar. Mais um ano se passou e, em 12 de junho de 2011, o pretendente pediu a mão de Fernanda e os dois decidiram se casar.
“Nossa maior dificuldade sempre foi a distância. A viagem entre as duas cidades tem um tempo estimado de doze horas. Nos víamos a cada trinta ou quarenta dias, em finais de semanas contados e muito curtos. Feriados prolongados eram muito comemorados e as férias então...”, conta Fernanda ao comentar que, na época, sentia falta dos programas mais simples de um relacionamento, como buscar Alex no trabalho, caminharem juntos e jantares a dois.
Foi quando perceberam que a convivência mais próxima era necessária. E o destino deu uma mãozinha ao casal. Na mesma época, surgiu a oportunidade de Fernanda participar de um processo seletivo para trabalhar no Hospital Unimed Chapecó sendo aprovada na seleção e, em três dias, já estava morando na cidade.
Finalmente, quando a distância parecia cessar entre os dois, Alex foi aprovado em um concurso público do Corpo de Bombeiros Militar e foi convocado para um treinamento de oito meses na cidade de Lages. “Era eu chegando e ele saindo”, diz Fernanda. A partir disso, tudo voltou a ser como antes: distância, telefonemas, e-mails e viagens.
“O treinamento era bastante rigoroso, ele raramente conseguia liberação para vir para casa. Eram quarenta, cinquenta dias distantes. Em dezembro de 2012, então formado, meu marido foi alocado em uma vaga no município de Xaxim, e voltou a morar em Chapecó, lembra.
Em 30 de março de 2013, os pombinhos se casaram. Fernanda afirma que a distância não facilitou em nada o namoro dos dois, mas, por outro lado, ensinou a valorizar o pouco tempo que permaneciam juntos. Além disso, ela diz ter crescido e aprendido como pessoa e profissional e que, ao longo desses oitos anos, eles brigaram, riram e apoiaram um ao outro.
“Namorar a distância exige maior dedicação e tempo do que um relacionamento próximo, mas quando a gente ama, vale cada segundo dispensado em cuidados. Hoje, amo muito mais meu marido do que amei meu namorado. Todas as decisões que tomei para estar com ele valeram a pena”, finaliza.
Amor que supera a distância
Uma dinâmica realizada entre um grupo de jovens na cidade de Joaçaba (SC) foi a responsável pela união do casal, Indianara Aparecida Menegazzi, colaboradora da Unimed Chapecó, e seu namorado, Diego Otávio Mignoni, que reside na cidade do meio Oeste catarinense. Foi em uma atividade proposta pelo grupo que Indianara, na época com 15 anos, deu o primeiro abraço em Diego. “O simples fato de abraça-lo despertou minha atenção”, comenta ela, que, atualmente, tem 20 anos e mantém um relacionamento com Diego há 1 ano e 7 meses.
Naquele dia, ao chegar em casa, Indianara foi pesquisar o perfil do então futuro namorado nas redes sociais. Passado algum tempo, os dois ainda se encontraram outras vezes, mas, não chegaram a conversar. Foi então que, em um dia de verão, os dois esbarraram novamente em uma sede de águas termais na cidade vizinha à Jaborá, terra natal de Indianara. Na ocasião, a troca de olhares e o interesse um pelo outro foram inevitáveis. “Algumas horas depois desse encontro, ele me chamou no Facebook para conversar”, conta a colaboradora.
Era, então, o início de uma paquera à distância. A partir deste dia, o casal passou a conversar seguidamente, por três anos, somente pelas redes sociais. Durante esse período, Indianara mudou-se para Chapecó para estudar e os dois continuaram conversando à distância. Ela, então, tomou a iniciativa e o chamou para participar de uma festa em Chapecó para que pudessem se ver e conversar pessoalmente.
O tempo foi passando e os encontros tornaram-se mais frequentes. Foram oito meses de “paquera” até que em agosto de 2015 deram início ao namoro. “A partir desse momento, minha vida mudou completamente”, confessa. No mesmo mês em que começaram a namorar, ela recebeu a notícia de que o pai havia sido diagnosticado com câncer e, então, traçaram uma batalha para a cura da doença. Porém, seis meses após os tratamentos, o pai de Indianara faleceu.
Neste período, poder contar com o apoio e o carinho do namorado fizeram a diferença para que ela superasse a perda. Segundo ela, o fato de passarem juntos por esses momentos difíceis fortaleceu ainda mais a relação dos dois e que o respeito, amizade e confiança são os sentimentos que definem o amor um pelo outro.
“Confesso que namorar a distância não é nada fácil, mas o amor supera qualquer barreira. Apesar de tudo aprendi a conviver com essa distância dos 160 quilômetros e pude perceber que ela é insignificante comparando ao tamanho nosso amor”, enfatiza Indianara.
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