Ex-prefeito de Governador Celso Ramos dá o tom político e esbraveja forte contra a atual interina de SC chamando, em outras palavras, de governo de poder pelo poder. Leia a íntegra do desabafo de Juliano Duarte Campos:
Venho através desta carta aberta, direcionada à toda a sociedade catarinense, conversar francamente sobre uma característica humana que aprendi que devemos praticar na política: sinceridade e posicionamento.
Se estamos na vida pública, então precisamos agir com posição clara, pois política não pode ser um jogo de interesses obscuros. No processo democrático em que vivemos, o eleitor vota, participa e acompanha às claras. Pelo menos é este o desejo que as últimas eleições têm deixado claro: o eleitor busca intensamente por mais verdade.
Sobre isso, trago uma reflexão que me vem à mente, justamente acompanhando as primeiras ações da governadora interina, Sra. Daniela Reinehr. A governadora não possui partido. No entanto, nem por isso, trata-se de um "Governo Sem Partido". Percebemos, e sabemos, quem são os líderes, aceitos ou não pelo eleitor, que agem nos bastidores deste Governo.
Cada um ouve e segue o político que quiser, mas aqui trago preocupações que dizem respeito, sim, diretamente aos desejos do eleitor catarinense: quando apoiamos um político, é preciso deixarmos claro. Quando recebemos conselhos de certos líderes, esses interesses precisam aparecer. Quando estamos, fazemos parte de um projeto, é fundamental que se saiba quem faz parte. Imaginem uma família esconder um familiar, o que seria? Ou uma empresa esconder um colaborador. Qual seria o nome disso?
Nós estamos ajudando a construir um Estado que muito nos orgulha por aqui ser uma terra de quem vive sem medo de encarar as dificuldades. Mas se vive cara a cara, enfrentando frente a frente cada problema. Ao mesmo tempo, há partidos, lideranças, ex-prefeitos, publicando "notas" mostrando certa independência, "lavando as mãos" sobre atos da governadora interina, quando membros desses partidos (e comandantes de bastidor) indicam cargos para se perpetuarem no poder. É preciso que o eleitor saiba, e nós sejamos sinceros em separar, quem são os partidos nesta ordem: - que apoiam a governadora desde o seu início (fazendo parte do governo, com membros indicados), - quem não apoia e não aceitou fazer parte do grupo. Pois isenção e neutralidade são termos que não combinam com a coragem do povo catarinense!
Amigo catarinense: ou se faz parte de um Governo, ou se está fora. Afirmo que continuarei a seguir o mesmo caminho: atitude firme, diálogo franco e responsável, cobrando melhorias para nossos municípios e com olhos atentos a toda ação também deste Governo. Foi assim ontem, e assim será hoje. Nosso compromisso não mudou!
Juliano Duarte Campos
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