A cidade de Chapecó foi atingida não somente por uma, mas pelo menos por três variantes da Covid-19. A informação foi confirmada em transmissão pelas redes sociais da Prefeitura de Chapecó, com a participação do prefeito João Rodrigues e da coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Chapecó, Aldarice Pereira da Fonseca.
Ela explicou que numa primeira coleta de 12 amostras, sendo uma de dezembro, três de janeiro, sete de fevereiro e primeiro de março, foi realizado o mapeamento genético pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que identificou dez pacientes com a cepa P.1, conhecida com origem na região de Manaus e já tinha sido confirmada em Chapecó, mas também uma cepa P.2 (detectada no Rio de Janeiro) e uma N9.
“Realizamos a coleta de 40 amostras de pacientes que já tinham passado pela Covid e encontramos essas três cepas que tem grande transmissibilidade. Além disso cada variante tem diferentes linhagens. Por isso é fundamental o uso de máscara, distanciamento e álcool gel”, disse Aldarice.
Ela afirmou que das primeiras 12 amostras, três vieram de fora e as demais já eram autóctones, ou seja, foram contaminadas na cidade. Dos 12, cinco foram a óbito.
Outras 14 amostras já confirmaram novas cepas, sendo 13 P.1 e uma P.2, mas que os detalhes ainda estão em investigação.
O prefeito João Rodrigues destacou que a confirmação das novas cepas explica o alto índice de contágio que Chapecó viveu a partir do final de janeiro, o que exigiu uma ação muito efetiva da Administração. “Por um lado, quero tranquilizar a população de que esse tsunami nós já passamos. Mas também quero alertar que precisamos manter os cuidados, evitar aglomerações, usar o álcool gel e máscara. Nós também não vamos baixar a guarda, pelo contrário, vamos atacar o vírus com a operação Lockdown Inverso”, disse o prefeito.
O objetivo é ampliar a testagem, o tratamento e isolar os positivados, com assistência, monitoramento e também responsabilização de quem desobedecer as regras. Uma unidade móvel com profissionais de saúde, testes e medicamentos será acionada por uma central de atendimento. Ela poderá testar familiares de positivados que tiverem sintomas e também alunos nas escolas. Tudo para evitar que essas novas variantes do vírus se espalhem novamente.
AS VARIANTES
A mais recente tem o nome N9 e foi identificada pela Fiocruz há cerca de um mês. Outras duas, chamadas de P.1 e P.2, foram identificadas nos últimos cinco meses e já se espalharam pelo país.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro