Ao tomar posse na Alesc, em 2019, como governador de Santa Catarina, Moisés fez um discurso em prol de um governo técnico, bem como deixou claro em nada lhe apetecer a chamada “velho política”. A resposta veio na hora pelo então chefe do Legislativo, deputado Julio Garcia, que no uso da palavra fez questão de enaltecer sua biografia dedicada à política.
Em 2020, pedidos de impeachment foram protocolados, e quando anunciado a abertura do primeiro processo, Moisés “cobrou" publicamente de Julio Garcia a iniciativa. E com razão, é poder absoluto do presidente do Legislativo deflagrar ou não processo se impedimento.
Ao depois, quando do afastamento do primeiro processo de impeachment, Moisés chega a uma aliança com Julio Garcia, ao ponto de levar seu chefe de gabinete de Julio para ser o chefe de sua Casa Civil.
Vem o segundo impeachment, dos ventiladores, Moisés novamente é afastado, e na data de hoje, retorna ao cargo, absolvido por 6 votos 4 (precisaria 7 para condená-lo). Veja-se que todos os desembargadores votaram pela condenação de Moises e, por ironia do destino, salvo o foi pelas mãos e votos de nada mais nada menos de deputados carimbados, políticos profissionais, inclusive, de um arquirrival do bolsonarismo que o elegeu, o deputado petista Fabiano da Luz.
Decisão legítima. Moisés absolvido. Mas a pergunta permanece sem resposta: cadê os 33 milhões de reais dos ventiladores? Malgrado parte já recuperada, falta algo entre 14 e 19 milhões. Com a palavra, os extraterrestres, porque aqui no mundo dos homens tá difícil.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro