Santa Catarina está no mapa de um projeto piloto capitaneado pelo Ministério da Economia, em conjunto com as pastas do Turismo e Infraestrutura, para privatizar áreas de praias ou vender concessões desses espaços.
A ideia central do projeto consiste em viabilizar que a iniciativa privada aporte capital em empreendimentos de resorts, píeres e marinas para incrementar o turismo em solo brasileiro, e, assim, gerar empregos e receitas, movimentando a nossa economia.
Bem verdade que se descortinará debates sobre o uso sustentável desses espaços, mas, ninguém, em sã consciência, parece defender a exploração desordenada que há hoje em dia em muitos desses locais em detrimento de uma profissionalização do turismo integrado ao meio ambiente, que tanto clama os patrões e os trabalhadores do setor.
Certamente, inclusive, devem ser observados os cuidados para que seja preservado uma passagem aos cidadãos a essas praias, bens públicos, de propriedade da união, mas com características de bens difusos, a grosso modo, de todos e de ninguém ao mesmo tempo.
O uso sustentável do meio ambiente, conjugado com ferramentas inteligentes de incremento do turismo, gera empregos numa cadeia de serviços e produtos que vai muito além dos locais que ocorrerão esses empreendimentos. Movimenta agentes de viagens, indústria de serviços, entretenimento, fornecedores de alimentos e bebidas, impulsionando a economia como um todo, notadamente se explorados eventos já tradicionais em nosso Estado, como a Oktoberfest, em sintonia com os calendários que surgirão nas praias.
O edital de licitação do governo federal está caminhando para virar realidade e, se tudo der certo, e há de dar, Santa Catarina terá muito a avançar, sobretudo num nicho que deve absorver mão de obra que tanto tem sofrido com os efeitos desta maldita pandemia.
Não, não estamos diminuindo a necessidade do esforço conjunto e o respeito às lágrimas que essa pandemia tem nos cobrado tão caro, mas sonhar e desenhar o futuro também é uma forma de combate-la!
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