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Ridículo

Por: Gustavo de Miranda
22/06/2017 11:31

Eu já andava preocupado com os contextos e conceitos dessa e para essa geração que chamam de millenials, geração X, Y ou sei lá mais qual referência estão dando a algo que parece remeter a jovens cada vez mais cibernéticos, tecnológicos, fracos, frouxos e bunda moles.

Mas encontrei um artigo que me convenceu ainda mais da dependência dessa molecada semi-ôca de algo ou alguém que os ajude a se relacionar com os outros sem precisar consultar a internet ou o psicólogo.

Dizia o título: “Está vivendo uma relação intensa? Stop: Faça logo um Contrato de Namoro!”. O texto demonstra a possibilidade de fazer um contrato, sim, um documento, assinado pelas “partes”, com supervisão jurídica e chancelado por autoridade judicial, para evitar uma indesejável equiparação a união estável, depois que ela foi quase igualada ao casamento em decisões de instâncias superiores.

Eu achei um disparate. É sério. É ridículo. Numa sociedade que considera a supervalorização de execrações do caráter como ato revolucionário, libertário e cultural, fazer contrato pra poder namorar sem se preocupar com o golpe da união estável é o inverso do que essa juventude diz que busca. Querem se libertar das amarras de uma sociedade opressora e mudar o mundo se nem sabem conversar entre si sem precisar escrever e assinar.

Por isso não espanta a quantidade desses jovens defendendo causas de esquerda e entregando os carnês pro pai pagar. O que deveria espantar é eu dando tanta importância pra essas novidades da piazada, e mais: que tipo de futuro eles podem construir, se dependem cada vez mais de algo que os guie. Algo ou alguém, e aqui entram os oportunistas de toda espécie.

Embora o texto não fizesse referência a ser destinado só aos jovens, a abordagem do tema, e ele próprio, levam a essa conclusão, uma vez que entre adultos essas situações são mais raras, e eu prefiro acreditar que foi feito tão somente com o interesse de abrir esse nicho dentro das discussões do Direito de Família, e tomara que não prospere.

É um aspecto do Direito moderno que incomoda: cada entendimento sobre alguma matéria se estende a detalhes cada vez mais insignificantes e desnecessários, tornando até debate de fofoqueiras passível de discussão judicial.

Seria um sonho se esses debates pormenorizados e detalhados fossem pra reestruturar o Direito Tributário e Financeiro... que sonho.


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