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Entrevista | Se for chamado, estou pronto, diz João Rodrigues sobre projeto estadual em 2022

Por: Marcos Schettini
18/05/2021 15:36 - Atualizado em 18/05/2021 16:43
Divulgação

Após ser preso e eleito deputado federal sem poder assumir, João Rodrigues deu a volta por cima e foi eleito prefeito de Chapecó pela terceira vez. Tietado por Jair Bolsonaro, recentemente ganhou dimensionamento nacional ao defender o chamado tratamento precoce contra o coronavírus, apontando saídas que desafogaram o sistema de saúde na Capital do Oeste.

Nome vinculado a Eron Giordani, chefe da Casa Civil do Governo do Estado, João Rodrigues foi uma das vozes ativas em defesa de Carlos Moisés durante o processo de impeachment. Agora, aliado do governador e do presidente da República, o prefeito de Chapecó concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini e se disse preparado para um projeto estadual nas eleições de 2022. Confira:


Marcos Schettini: O Sr. participou em que altura para salvar Carlos Moisés do impeachment?

João Rodrigues: Eu participei, na medida do possível, em todos os momentos em que acreditei que poderia ajudar. Foi uma questão de Justiça. Participei de todas as fases, naquilo que foi possível. Dei a contribuição para que a Justiça fosse feita em Santa Catarina.


Schettini: Foi uma queda de braço entre quem neste processo todo?

João Rodrigues: Da minha parte foi uma queda de braço contra a injustiça. Achei injusta a forma como o governador Moisés foi afastado do cargo por um crime que não cometeu. Também contra os aproveitadores de plantão que ficam em torno da desgraça, ou seja, as aves de mal agouro. Todas aquelas que queriam se aproveitar do Poder. Fiz uma opção pela pessoa, pelo governo e pelo justo.


Schettini: O Sr. foi preso em 2018 e tirado daquele jogo eleitoral na majoritária. Foi arquitetado?

João Rodrigues: Daquilo que passei em 2018 eu não quero achar culpados. Foi uma fatalidade, teve gente que torceu por isso, vibrou. Mas não posso afirmar se participou de tudo aquilo, não gostaria de acreditar que isso seria possível como foi. Considero uma fatalidade. Eu acho que é mais culpa minha do que de qualquer um. Não cuidei do processo quando nasceu, lá no começo. Não vamos culpar ninguém, graças a Deus passei por isso. Sai vitorioso de todas as eleições e hoje cumpro minha missão como prefeito.


Schettini: Quem esteve por trás disso?

João Rodrigues: Não vejo ninguém por trás disso. Agora, quem torcia para que desse tudo errado eu sei quem era. A vida é uma roda, uma hora você está por cima, outra hora por baixo. Quando tudo estiver por baixo, saiba reagir, desde que esteja no seu direito. Quando estiver por cima, tenha cuidado para não espremer que está por baixo. Então, tem que ter respeito por todos.

Schettini: Onde João Rodrigues entra nestas eleições?

João Rodrigues: Eu sou prefeito de Chapecó e tenho uma missão para cumprir. Estou cumprindo com determinação, com dedicação de praticamente 24h. Tem obras importantes a serem executadas, em parceria com o governador Moisés e com o presidente Bolsonaro. Vou cumprir minha missão. Sempre digo que na política a gente depende do desejo do povo e da vontade de Deus. Não vou me precipitar. Estou preparado para qualquer projeto se for interesse do povo. Se chamado for, estou pronto. Meu compromisso é ser prefeito de Chapecó, mas não descarto qualquer outra possibilidade.


Schettini: O Sr. e os prefeitos de Criciúma e São José olham o que no processo do ano que vem?

João Rodrigues: Eu e os prefeitos Clésio Salvaro e Orvino somos amigos. Eu e Orvino somos partidários. Eu e o Clésio somos amigos desde os tempos de deputado estadual. Eu e o Clésio vamos estar caminhando juntos na próxima eleição, com certeza. Vamos caminhar no mesmo projeto, no mesmo grupo, na mesma forma. Até por ter uma reciprocidade de respeito e sentimento. Temos partidos, mas na eleição conta mais as pessoas do que os partidos. É bem provável que estejamos caminhando juntos.


Schettini: Quem o Sr. gostaria de estar junto em uma majoritária? Dário Berger, Antídio Lunelli, Celso Maldaner, Jorginho Mello, Gelson Merisio ou Esperidião Amin?

João Rodrigues: Deste grupo, tem alguns que é claro que não vou estar. Mas eu não tenho nada contra a maioria deste time. Respeito todos. Seria muito prematuro dizer como será a próxima eleição. O Antídio, prefeito de Jaraguá do Sul, conheço muito pouco, não tive oportunidade de conhecer pessoalmente. Dário e o Celso conheço de longa data. Jorginho é um amigo pessoal, mas a gente tem que aguardar o processo futuro para avaliar o quadro. Decisões de eleições só podemos tomar no início do ano que vem. Todos os gatos são pardos neste momento.

Schettini: Quais são as grandes dificuldades de Chapecó?

João Rodrigues: A dificuldade de Chapecó hoje é o abastecimento de água, pela falta de investimento histórico da Casan. Ela faltou com Chapecó há muitos anos atrás, mas é possível resolver isso, de forma muito rápida. De resto, não vejo dificuldade. Não tenho dificuldade de nada, as piores coisas da minha vida já passei. Eu governo com prazer, com vontade. Meu prazer maior é poder ver a cidade crescer, as pessoas bem encaminhadas, melhorando de vida. Não vejo dificuldade em nada.

Bolsonaro ergue o braço de João Rodrigues em visita a Chapecó em 07 de abril (Foto: Alan Santos/PR)

Schettini: Jair Bolsonaro não é um péssimo exemplo na questão da pandemia?

João Rodrigues: O presidente Bolsonaro não é nada de péssimo exemplo. Ele deu bilhões para prefeitos e governadores enfrentarem a pandemia. Comprou todas as vacinas produzidas no mundo. O Brasil é o quinto país que mais vacina. Eu acho que entre os governantes do mundo, Bolsonaro foi um dos que mais exemplos deu. Temos pessoas que falam muito bem como o Lula, mas com práticas ruins e péssimas. Bolsonaro tem uma dificuldade na tribuna, mas as práticas são as melhores. Eu prefiro uma boa prática de que um belo discurso. Conheço muita gente de discurso bom, que é incapaz, incompetente e desonesto. Então, com todo respeito, sou Bolsonaro até debaixo d'água.

Schettini: Em que ele acertou com quase 450 mil mortos?

João Rodrigues: Não é que acertou, vejo que o presidente Bolsonaro combateu o bom combate. Repassa recursos para Estados e municípios. Mas vejamos, os óbitos estão nos municípios, nos Estados. Cabe aos prefeitos e governos combaterem isso com as armas e ferramentas que o Governo Federal deu. O presidente Bolsonaro simplesmente quer que as pessoas sejam tratadas no início da doença. Te perguntaria: e os óbitos daqueles que não se medicaram e não se trataram, a culpa é de quem? É de quem disse para ficar em casa e não se tratar. Não é hora de culpar ninguém. Mas podemos culpar quem sempre disse que não há tratamento e medicamentos, é só isolamento. Quantas pessoas foram salvas?

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