Sabe aquela expressão “o tiro saiu pela culatra”? Então, se o objetivo de chamarem Wilson Witzel para CPI da Covid era enfraquecer Bolsonaro, o efeito foi contrário.
Inicialmente, digno de registro, é fato que Witzel teve o impeachment autorizado pela unanimidade da Alerj e foi condenado por crime de responsabilidade, com a perda do cargo, à unanimidade também, ou seja, por dez votos a zero, cinco votos de desembargadores do Tribunal de Justiça, e outros cinco pelos deputados, todos evidentemente do Estado do Rio de Janeiro.
Assim, quando Renan Calheiros chama o ex-governador Witzel (que perdeu o cargo por crime de responsabilidade, repita-se) de governador, selou ali o destino da CPI: arquivo!
Quem, em sã consciência, vai dar credibilidade a um governador cassado justamente pelo fato de ter desviado dinheiro, que deveria ser usado para combater a Covid, para as contas de sua esposa? Famoso marketing invertido.
Witzel e Moisés, eleitos literalmente nas costas de Bolsonaro, ao se envolverem em escândalos de gestão foram passados de aliados a adversários automaticamente.
E esse é ponto de inflexão que se faz entender o bolsonarismo: a agilidade de descartar aliados envolvidos em escândalos com o trato da coisa pública e transformá-los em arqui-inimigos, e é justamente isso que deseja a população que paga impostos e não aguenta mais pagar pela bandalheira nessa País!
Por outro lado, bom lembrar que democracia não é o regime em que somente a esquerda ou partidos de centro comandam o poder como querem fazer crer os representantes dessas forças. Assim, a direita, pelo sim pelo não, no poder, não deixa de ser democrático também.
Quem lembra da onda de 2018?
Preparem-se para o Tsunami de 2022!
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