O Plano Safra Banco do Brasil 2021/2022 foi apresentado, durante evento on-line, nesta semana, às lideranças da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc). Além das principais alterações para acesso ao crédito, foram destacados aspectos como a estratégia negocial dos parceiros BB, a aplicação do crédito rural pela instituição financeira e outros temas de interesse do setor no Estado.
Na abertura, o superintendente Estadual do BB em exercício, Flávio Jean Garlet, destacou a representatividade das duas federações presentes no encontro on-line e ressaltou a importância da iniciativa para alinhar e articular algumas questões que envolvem o Plano Safra.
O presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, valorizou a iniciativa do Banco do Brasil em oportunizar o evento para as lideranças do setor conhecerem como funciona a aplicação do crédito rural e esclarecerem suas dúvidas. “Agradecemos a instituição financeira por essa oportunidade valiosa de trazer informações sobre a aplicação do crédito rural. Essa iniciativa ajuda a ampliar o acesso ao financiamento no setor produtivo e, com isso, promover o aumento da competitividade no campo”.
As atividades seguiram com explanação do gerente de Negócios AGRO da Superintendência do Banco do Brasil de Santa Catarina, Flavio Alberto Sebben Covolo, que destacou os resultados da liberação de crédito por meio do Plano Safra 2020/2021 no País e em Santa Catarina. Segundo os indicadores, houve crescimento na maioria das linhas de financiamento. No Estado, por exemplo, a finalidade de custeio contou com aumento de 16,3% (2.410,3); o crédito de investimento teve incremento de 19,6% (1.295,1); comercialização cresceu 13,1% (424,3). Apenas a industrialização teve queda de -3,4% (448,1) em Santa Catarina. O total de operações de crédito rural no período foi de 4.557,8, o que representou aumento de 14,6%.
Para o Plano Safra 2021/2022, os volumes de recursos liberados no Estado totalizam R$ 5,6 bilhões, 21,6% acima do desembolsado no Plano 2020/2021. Em todo o País, o Banco do Brasil destinará R$ 135 bilhões para 2021/2022, 17% a mais que o volume aplicado na safra anterior. Com mais recursos para os produtores da agricultura familiar, médios, grandes, cooperativas rurais e empresas do agronegócio, o objetivo é promover o dinamismo do crédito e firmar o compromisso do BB com a produção dos clientes.
O Banco operará com as taxas divulgadas no anúncio do Plano Safra do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Pequenos produtores rurais, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), contarão com juros que variam de 3% a 4,5% ao ano para operações de custeio.
Os médios produtores rurais, vinculados ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), terão taxas de juros praticadas com custeio de 5,5% ao ano. Os grandes produtores, terão taxas de custeio de até 7,5% ao ano.
Para o presidente da FAESC, o aumento de recursos do Plano Safra será fundamental para suprir as necessidades dos produtores do Estado. “Santa Catarina se destaca por manter o agronegócio altamente produtivo e que, independentemente de seu porte, precisa de apoio para seguir produzindo com excelência e manter a competitividade, especialmente nesse momento difícil em que vivemos”.
PLANO SAFRA
O Plano Safra do Governo Federal disponibilizou recursos de R$ 251,2 bilhões, o que representa um aumento de 6,3% em relação ao ano passado. Deste volume, R$ 177,7 bilhões são destinados para custeio e comercialização. Os recursos para investimentos são da ordem de R$ 73,4 bilhões - um acréscimo de 29%. Esse foi um dos principais destaques apontados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no plano. Os financiamentos podem ser contratados até 30 de junho de 2022.
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