Na tarde desta segunda-feira (12), a Polícia Civil de Santa Catarina, através da Divisão de Investigação Criminal de Fronteira (DIC-Fron) de São Lourenço do Oeste, concluiu as investigações sobre as quatro mortes e incêndio à residência ocorridos no início da manhã do dia 08 de maio de 2021 na rua Valdir Humberto Lodi, no bairro Esperança, em São Domingos.
Conforme a Polícia Civil, na ocasião foram ceifadas, por ferimentos de faca na altura do pescoço, as vidas de toda uma família (duas crianças e dois adultos - um menino e uma menina, com 11 e 10 anos de idade, e dois adultos, um homem e uma mulher, de 34 e 31 anos), e, em seguida, ateado fogo à residência com o intuito de apagar qualquer indício que pudesse levar à descoberta da autoria deste crime classificado como cruel e covarde.
AS INVESTIGAÇÕES
A partir dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) do Núcleo Regional de Perícias de São Lourenço do Oeste, descobriu-se que as lesões foram produzidas em organismo vivo, ou seja, que as mortes não foram decorrentes do fogo que consumiu toda a residência onde o casal morava com as duas crianças, mas sim um crime de sangue.
Os trabalhos investigativos imediatos, numa ação de integração junto ao Instituto Geral de Perícias (IGP) e Instituto Médico Legal (IML), possibilitou a colheita de provas que, seis dias após os fatos, em 14 de maio, resultou na prisão temporária de um amigo e frequentador da casa da família assassinada. O homem de 31 anos foi preso em Ipuaçu e, naquela altura, era investigado como autor dos crimes.
Por se tratar de crime hediondo, a prisão temporária foi, num primeiro momento, decretada pelo prazo de 30 dias, só que, em seguida, prorrogada por igual período (ou seja, mais 30 dias), dado que comprovada a extrema necessidade.
Durante todo esse tempo, a Polícia Civil seguiu desempenhando seu papel na condução das investigações, até que, no último sábado (10), o homem confessou a autoria dos crimes: matou as duas crianças, os dois adultos e em seguida ateou fogo na residência. Conforme as investigações, alegou o uso excessivo de cocaína e afirmou que não se lembrava das mortes. O homem continua preso no Presídio Regional de Xanxerê e segue à disposição da Justiça.
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