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Entrevista | Professor Maurício Fernandes Pereira narra transformação da Educação de Florianópolis

Divulgação

Secretário de Educação de Florianópolis e professor na UFSC há mais de 25 anos, Maurício Fernandes Pereira tem tido uma grande missão ao dar ritmo às escolas e creches da Capital sob a pandemia de coronavírus. Com o aval do prefeito Gean Loureiro, que pode compor na majoritária das eleições de 2022, ele lidera mais de 35 mil alunos que diariamente recebem atenção educacional ousada e competente.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini, o secretário Maurício deu um panorama real da educação na gestão de Gean e Topazio, apontando as conquistas e necessidades dos estudantes da Ilha de Santa Catarina, afirmando que a realidade é de uma qualidade extraordinária, exemplo para o Brasil.

Ainda, comentou sobre os desafios do professor, falou da chamada Escola Sem Partido e analisou os trabalhos do ministro da Educação. Confira:


Marcos Schettini: Qual a realidade do ensino hoje em Florianópolis nesta pandemia?

Maurício Fernandes Pereira: A Rede Municipal de Ensino de Florianópolis possui, hoje, 120 Unidades Educativas, distribuídas em 37 escolas e 83 creches, atendendo mais de 35.000 estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamenta e EJA. Destaco que praticamente 98% dessas unidades encontram-se totalmente revitalizadas, reformadas ou novas, isso em apenas poucos anos da nossa gestão. Quando da suspensão das atividades presenciais em 2020, em razão da pandemia, fomos a primeira cidade do Brasil a implantar um portal educacional dois dias após fecharmos todas as nossas Unidades Educativas. Até então não tínhamos nada desenvolvido nesse modelo. Esse portal é atualizado diariamente pelos profissionais de todas as unidades com atividades para todos os estudantes.

Hoje, em 2021, nossas aulas retornaram de acordo com as portarias editadas pelo Governo do Estado, que prevê o ensino híbrido, em que temos as aulas presenciais e temos aulas a distância - ou não presenciais - em forma síncrona, ou seja, temos o professor na escola ou em casa, dando aula online para os estudantes, pois precisamos manter o distanciamento mínimo de 1,5 metros.

As nossas unidades educativas possuem ar condicionado em todas as salas de aulas, além de data show, laptop, internet e rede wi-fi, laboratório de tecnologia, salas multimeios para atendimento das crianças que são da educação especial. Temos, também, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) para aquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar e se alfabetizar na idade certa ou, até mesmo, concluir os seus estudos oportunamente.

Nesses casos, independentemente do local da cidade, se encontrarmos alguém que não saiba ler ou escrever ou não tem o Ensino Fundamental completo, lá estará a Prefeitura de Florianópolis para atendê-los. Com a chegada das vacinas, articuladas com o empenho extraordinário do prefeito Gean, todos os nossos profissionais foram vacinados, com a primeira dose, pelo menos. Temos, também, a alimentação escolar como referência para o Brasil, com acompanhamento de nutricionistas que planejam os cardápios semanalmente. Enfim, uma Educação de qualidade social extraordinária.


Schettini: O que tem de diferente na educação da Capital em relação ao aplicado pelo Estado?

Maurício: Florianópolis tem a melhor infraestrutura física e estrutural de todo Estado, quiçá do País. Escolas remodeladas, com datashow na sala de aula, laptop, ar condicionado, quadro de vidro, todas as escolas com laboratório de tecnologia, laboratório de ciências, com uma metodologia moderna. Posso citar, também, os profissionais altamente capacitados, com um programa de formação continuada voltado para o mundo real, ou seja, para o chão da escola, mas principalmente para o mundo que circunda a sociedade e as crianças. Como já citado, temos uma alimentação diferenciada, com a qualidade nutricional devida. Os projetos inovadores desenvolvidos pela Secretaria e pelos nossos profissionais demonstra e caracteriza, para o mundo todo, a qualidade da educação da nossa rede.


Schettini: Que relação o Sr. faz com aquela ideia sobre Escola Sem Partido?

Maurício: Eu vejo que no Brasil, muitas vezes, se perde um tempo significativo em discussões que não levam a lugar nenhum, uma delas é a Escola sem Partido. Em outros países você ganha tempo discutindo questões mais objetivas de melhoria da Educação, e não o perde discutindo questões que pouco agregam. Nós não entramos nessa discussão de Escola sem Partido, sem isso, sem aquilo. Em nossa vida temos posições, cada um deve ser respeitado, mas Florianópolis fez uma opção e esta foi pela Escola do Futuro, que já abrimos uma na Tapera, uma no Ratones, uma em Ponta das Canas e vamos abrir uma na Costeira, uma no Estreito e vamos avançar com essa metodologia também para as outras Escolas que já existem em nossa rede. As Escolas do Futuro têm uma metodologia baseada em projetos, no qual o estudante que é o andante, o caminhante e não o aluno – ser parado – é um agente ativo do processo de ensino aprendizagem. A Escola tem o Fundamental I em tempo integral o Fundamental II com uma série de projetos de contraturno, onde os professores ficam em seus laboratórios de aprendizagem, ou seja, o professor de História fica na sala de História, o professor de Geografia fica na sala de Geografia, o professor de Matemática fica na sala de Matemática e são os estudantes que andam pela escola, não mais com o conceito do sexto, sétimo ano em uma mesma sala, os estudantes é que se dirigem até os laboratórios de aprendizagem. Então temos que pensar é em Metodologias Ativas, em discussões internas mais profundas e não nessas questões pontuais. A Escola do Futuro, que é a nossa proposta, ela é inclusive, multilinguagens, ou seja, são trabalhadas as línguas oficiais, Português, Inglês, Libras e Letramento Digital.


Schettini: Os professores são vítimas de ataques da direita e esquerda? Qual é a forma ideal de aprendizado?

Maurício: Eu acredito que a forma ideal é o respeito da individualidade, para a construção de uma coletividade. Não há sociedade que sobreviva sem o respeito da individualidade. Sendo assim, essas questões de ‘direita e esquerda’, a meu juízo de valor, é o que falei sobre a Escola sem Partido, não é a face fundamental de uma Educação, mas sim, a sua face fundamental é o respeito da individualidade para a construção de uma sociedade mais fraterna, justa e que haja mais respeito entre todos os cidadãos.


Schettini: Qual é o desafio vivido pelo professor na vida familiar e na escola?

Maurício: O desafio da vida familiar, sem dúvida alguma foi o esforço na vida para chegarmos a algum lugar. Graças a Deus tive um pai e uma mãe - a mãe tenho ainda -, que me incentivaram muito a estudar e se esforçar. Meus pais, juntamente com minha avó Almerinda, mostraram que o único caminho para sermos alguém na vida era a partir da Educação e assim o fiz. Esse é o desafio da vida, continuar a luta diária, fazendo o bem às pessoas, atendendo com gentileza, educação, elegância a todos que nos circundam, então esse é o desafio diário da vida. Na escola, por exemplo, foi preciso vencer, muitas vezes, as decepções que fazem parte da vida escolar. Quando estudamos, estudamos e não vamos bem numa atividade, mas aí o espírito de equipe e solidariedade, que falei anteriormente, também faz com que cresçamos. Na escola, tive vários amigos e, principalmente, professores que me incentivaram demais a seguir no caminho mesmo em momentos que eram muito desafiadores.

Schettini: O prefeito Gean Loureiro aposta em qual direção para fortalecer o ensino de qualidade?

Maurício: O prefeito Gean aposta em duas frentes fundamentais para a melhoria da qualidade: primeiro, a sólida formação dos professores e, em segundo lugar, o investimento em infraestrutura física e tecnológica. Uma escola só é uma boa escola, se eu tiver extraordinários e brilhantes professores, mas estes também precisam de uma estrutura física digna que os motivem a todo dia acordar cedo e ir trabalhar, esperando na sala de aula os seus estudantes chegarem. Portanto, essa tem sido as premissas do prefeito, que eu tive a honra de ser escolhido por ele como secretário Municipal da Educação e, a partir da liberdade e o entusiasmo que são características dele, pude desenvolver e implementar, a partir de muito trabalho e de muito esforço, as suas apostas.


Schettini: Como professor federal, o Sr. observa o ministro da Educação em qual direção? O Brasil parou?

Maurício: Sou professor da Universidade Federal de Santa Catarina desde 1995 e acredito, sem dúvidas, que Educação sempre precisa de mais investimentos. Investimentos com qualidade e assertivos para melhorar o chão da escola. O ministro da Educação com certeza está empenhado para que isso se torne uma realidade, como qualquer Ministro da Educação faria e/ou deveria fazer.

Schettini: A equipe de Gean e Topazio está vencendo a pandemia?

Maurício Fernandes Pereira: Não resta dúvida que a equipe do Gean e do Topazio estão vencendo a pandemia. A nossa Capital, desde o início da pandemia, teve as menores taxas de mortalidade, as melhores taxas de combate à Covid e toda uma mega infraestrutura de vacinação, porque com toda certeza, a vacina é a grande e a única solução. Uma cidade do nosso porte, que vacina mais de 18 mil pessoas em um único dia, mais de 4% da população vacinável, penso não precisa dizer que a Saúde está seguindo com muita qualidade, com muita dedicação e assim por diante. Sendo assim, não tenho dúvidas que essa gestão, sob a liderança do prefeito Gean e do vice Topazio, está vencendo a pandemia e sendo exemplo para o mundo, não apenas para Santa Catarina.

Schettini: Como o Sr. olha as eleições do ano que vem com Gean Loureiro na majoritária?

Maurício: A vida de um homem público é feita de oportunidades, não tenho dúvidas. Contudo, ela é, principalmente, feita de trabalho e dedicação - não só acordar cedo todos os dias como faz o prefeito Gean Loureiro -, mas, acima de tudo, mostrar resultados práticos e objetivos.

Hoje, se nós pegarmos qualquer área da Prefeitura de Florianópolis, seja, por exemplo, Educação, Saúde, Obras, Infraestrutura, Assistência Social, não há nenhuma dúvida que a evolução, nos últimos cinco anos, foi extraordinária.

Como diria um amigo meu, “muita água ainda vai passar por baixo dessa ponte”, mas a sociedade reconheceu Gean como o prefeito reeleito no primeiro turno e reconhecerá sua capacidade, caso venha alçar novos voos. Aonde se vai nessa cidade, em qualquer canto, todo mundo o reconhece como trabalhador, ao menos.

Eu tenho muito amigos no Estado inteiro e aonde vamos, todos falam como o Gean trabalha e faz as coisas acontecerem. Acredito, então, que é natural que o nome dele seja reconhecido como um possível candidato na majoritária e eu não tenho dúvidas que se isso acontecer, será uma escolha natural em decorrência de toda sua dedicação nesses anos todos em que ele esteve a frente da prefeitura.

Não tenho dúvidas que Santa Catarina terá um governador de muito trabalho, um governador, diria eu, que será o prefeito de todas as Cidades de Santa Catarina, respeitando cada Município na sua individualidade.


Oktober 2024
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