A indústria da transformação catarinense gerou 5.634 vagas formais de trabalho em junho, o terceiro maior resultado do setor no país. Somado ao desempenho da construção, foram 6.986 novas posições criadas no mês passado - a maior contribuição para o saldo positivo de 14.966 empregos em Santa Catarina. O setor de serviços, comércio e agropecuária registraram saldo de 4.125, 3.730 e 125, respectivamente.
Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta-feira (29), e analisados pelo Observatório Fiesc, refletem ainda o bom resultado da economia catarinense no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, foram abertas 126.111 novas vagas formais de emprego, número que coloca Santa Catarina atrás apenas de São Paulo (491.021) e Minas Gerais (185.578).
A análise dos dados estão disponíveis no link. No saldo acumulado do ano, a indústria geral registrou 55.962 novas vagas, enquanto a construção civil obteve saldo positivo de 12.015. Um desempenho muito superior ao primeiro semestre de 2020, quando esses setores registraram saldos de -14.532 e 636, respectivamente.
“O resultado demonstra a força da indústria e da construção catarinense na manutenção do ciclo de expansão da atividade econômica. O número também reflete a importância do setor para a economia catarinense, uma vez que somos responsáveis por 27% do PIB estadual, e acabamos induzindo o desenvolvimento do nosso Estado”, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
De acordo com análise do Observatório Fiesc, outro fator importante para o bom resultado na geração de empregos é o avanço da vacinação contra Covid-19 em Santa Catarina e no país, o que amplia a confiança com a recuperação econômica e a perspectiva de consumo. Um indicador disso é o aumento progressivo do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que vem sendo observado desde maio e, em julho, apontou 64,9 pontos em Santa Catarina.
SETORES TÊXTIL E DE ALIMENTOS
Entre os setores analisados, o destaque na geração de empregos em junho foi o têxtil, confecções, couro e calçados, responsável pela geração de 1.483 novos postos de trabalho, impulsionado sobretudo pela atividade de confecção de peças do vestuário, com 919 vagas. No saldo de empregos do acumulado do semestre, o setor reverteu o cenário de demissões ocasionado pela pandemia, repondo as mais de 16 mil vagas perdidas no primeiro semestre de 2020.
Outro destaque fica para o setor de alimentos e bebidas, que gerou 766 vagas em junho, após registrar quedas no mês de maio e abril. O grande indutor dessa recuperação do setor foi a atividade de abate e fabricação de produtos de carne, responsável por 420 novos postos de trabalho. Conforme análise do Observatório Fiesc, a forte demanda chinesa pelos produtos à base de carne vem incentivando a produção do setor.
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