Abafos e carinhos
Carlos Moisés vive ainda o barulho das Forças de Segurança cobrando dele a sensibilidade nas reivindicações em torno da previdência aprovada. Se agora querem o plano de carreira, começam a mexer neste desejo. Mas o marido da Késia escuta muito. Aquele governador dos primeiros anos não mora mais neste planeta. Ele, planejando tudo, quer aprovação do salário dos professores até o próximo dia 17 para fazer o pagamento ainda em setembro. Estas mexidas são fortes nesta célula e ele arranca mais nas pesquisas. Hoje, o bombeiro aposentado é líder total com larga margem percentual sobre os demais. E tem um coletivo edificando este alcance. Se os agentes ficaram meio que bravos, vai assoprar no ouvido da categoria um suave mantra de atenção para faze-los rirem como criança no peito da mãe. Agora tem tempo para fazer chover nas hortas públicas. Tem dinheiro interminável para fazer o que quiser. A oposição queria que fosse de qual maneira?
ELE
Carlos Moisés, assim como foi com Eduardo Leite, vai receber João Doria no próximo sábado para uma conversa pessoal. Sem partido, o governador de SC pode abrir sua casa para todos que olham o cenário nacional. Isso quer dizer que o PSDB pode somar em 2022.
ELES
Os dois governadores tem em comum o processo eleitoral de 2018. Foram eleitos naquele ano quando, em curtas palavras, são exceções daqueles caminhões de loucos ladeira abaixo. O de SP é um quadro de altura nacional e o de SC vivo como uma águia. Se juntarem, ficam fortes.
FORTES
Todos os apelidos pejorativos que os governadores tem recebido de bolsonaristas, não devem ser levados a sério. Como já foi afirmado, ninguém fora desta bolha é respeitado. Quem não é do palanque de Jair Bolsonaro, leva pedrada. E, pelo que se vê, é até elogio. Ser maltratado, é porque são melhores.
MELHORES
João Doria vai falar para o tucanato a linguagem de 2022 na força dos números que tem para mostrar SP ao Brasil. Vai ser recepcionado pela cúpula do partido na pessoa da deputada federal e presidente do PSDB de SC. Geovania vai mostrar o tamanho do ninho e o sonho de Poder possível.
PRESENÇA
Gean Loureiro deverá estar nas conversas que João Doria fará em SC. Presidente estadual do Democratas observa que Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, pode combinar com o PSDB nacional uma composição entre SP e MG, os dois maiores colégios eleitorais do país.
LIDERANÇA
O prefeito de Criciúma, voz alta na defesa de Carlos Moisés no processo de impeachment, isolando Gelson Merisio, vai acompanhar Geovania de Sá e Marcos Vieira na ida de João Doria à Casa d’Agronômica. Para ficar clara qualquer dúvida sobre o voo do PSDB no ano que vem.
RELAÇÃO
Foi a voz dissonante de Clésio Salvaro que mandou um recado de ruptura ao grupo que Gelson Merisio naufragou junto. Enquanto ele apostava naquela aberração interina de Daniela Reinehr, o prefeito de Criciúma ganhava altura chutando a possibilidade de golpe.
ENTÃO
João Doria quer Carlos Moisés como seu parceiro em SC no debate sucessório. Embora o marido de Késia tenha mostrado gesto de atenção ao governador gaúcho, o colega paulistano vai costurar. Até porque ele tem tudo para levar as prévias tucanas em novembro.
CALENDÁRIO
Celso Maldaner revelou que o diretório vai definir a data das prévias ulyssistas ainda em agosto. O partido havia dissolvido a ideia, mas a reação interna foi alta. Deles, o deputado Carlos Chiodini foi um porta-voz deste tipo de escolha via filiados. Será a data para ver o tamanho de cada um.
TAMANHO
As prévias do MDB é um descobridor. Não vai apenas revelar quem é quem entre Maldaner, Dário e Antídio, mas dizer qual deles tem o apoio mais demonstrado no partido. Se é um dia grande, também é o racha real já encaminhado em silêncio.
SILÊNCIO
Antídio Lunelli está aguardando o momento para bater de frente. O mesmo em Dário Berger. O senador sumiu e olha o traçado. Celso Maldaner já é mais demonstrado no jogo e quer o espaço que lhe cabe na majoritária. São três para dançar em duas cadeiras.
COLIGAÇÃO
O MDB precisa de vagas para costurar. Chapa pura é um erro profundo. E tudo isso tem tudo a ver com o Governo de SC, lugar onde os ulyssistas são tratados com leite e mel. O maná, caindo aos montes no balaio dos deputados, sacia para o jogo de 2022.
RUMOS
A passagem de Jair Bolsonaro por SC foi completamente ignorada pelo prefeito de Jaraguá do Sul. Em outros tempos, Antídio já teria subido na moto e ido roncar na Capital. O afastamento do presidente é uma orientação partidária. Até porque, Carlinhos Chiodini, vice nacional do MDB, é da linha Baleia Rossi.
DIRECIONAMENTO
Quando chegar ao segundo turno, seja coligado ou não, o MDB deverá ter sua maioria absoluta no jogo pró Lula da Silva. Os ulyssistas quase morreram em 2018 por se esconderem atrás da prancha naquela onda. Que custou, inclusive, o partido fora do 2° turno.
APLAUDINDO
A presença de Angela Amin em uma possível chapa ao lado de Jorginho Mello casou bem no Estado. A deputada carrega o partido para desenhar com o senador do PL e une um palanque forte para Jair Bolsonaro em SC.
TRIO
Uma chapa entre Jorginho Mello, Angela Amin e Kennedy Nunes ou Luciano Hang ao Senado, é uma coligação com potencial político significativo. A deputada federal gostou da reação escutada Estado afora. Ali, todos cantam o mesmo responsório.
NADA
Fabrício Oliveira é o nome que o Podemos colocou como aposta política, mas até agora o prefeito de Balneário Camboriú só colocou a intenção. Não tem mostrado que deseja o jogo do ano que vem. A cidade está geograficamente fora do eixo de posição capaz de impor uma chapa.
PERGUNTA
Ivan Naatz, presidente da Comissão de Turismo da Alesc, morde e assopra quando questiona o resultado da licitação que concedeu ao grupo liderado pela Arena Petry, a administração do Centro de Eventos de Balneário Camboriú. Ora diz que o edital exige muito, em outra, que é pouco.
OPOSICIONISTA
O deputado do PL fala que poucos participaram do edital de concessão da Arena Petry porque era incompatível atender exigências e, para aqueles que ganharam, diz que as requisições eram muito fáceis. Quer agonizar o governador e impedir a aceleração da retomada nestes tempos de dor e ranger de dentes.
SOLUÇÃO
Candidato a uma pré-candidatura do Podemos em 2022, Fabricio Oliveira vê brecha para construir um discurso. Vai propor à Santur uma comissão provisória formada pela prefeitura, Santur e trade local. Não se sabe se, fato demonstrado, tenham capacidade técnica para manter a Arena Petry.
BOBAGEM
A Santur pode apresentar a solução imediata para este impasse patético. Até porque o edital prevê a realização de diligências. Já deveria ter criado uma comissão para averiguar, in loco, a estrutura e capacidade técnica do grupo da Arena Petry, se tem altura para cumprir a missão de funcionamento.
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