Os principais programas para o fortalecimento da economia catarinense foram apresentados pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) Luciano Buligon, nesta semana, durante reunião da Diretoria Executiva da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic), presidida por Nelson Eiji Akimoto.
Buligon fez um balanço dos seis meses à frente da SDE, cujas áreas centrais de atuação residem no desenvolvimento sustentável, na geração de empregos e na criação de ambiente de estímulo à inovação em todas as áreas da atividade econômica.
O secretário destacou que desde o início da pandemia o Governo disponibilizou cerca de R$ 1,4 bilhão em programas de incentivo, linhas de crédito e outras medidas de subsídios a empreendedores catarinenses de diversos setores. A expectativa é que o desembolso do programa de retomada econômica alcance R$ 2,3 bilhões até 2022.
O titular da SDE traçou um cenário otimista para o futuro de Santa Catarina, apontando que, durante a pandemia os agentes econômicos de todos os setores – agricultura, indústria, comércio e serviços – não paralisaram, tanto que a estimativa para o crescimento do PIB de março de 2020 a março de 2021 é de 2,9%, contra 3,8% negativos do Brasil. “À medida que a vacinação avança cresce o otimismo das pessoas. Estaremos em pleno crescimento no fim do ano, com níveis econômicos melhores do que o período pré-pandemia,” prevê.
Confirmando essa visão positiva, o desempenho da economia catarinense no período janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020, revela um crescimento de 26,7% na indústria, 13,7% no comércio e 15,6% nos serviços, de acordo com o IBGE.
Luciano Buligon destacou que o Governo se prepara para fomentar grandes, importantes e estratégicos programas de estímulo ao desenvolvimento econômico porque obteve o melhor superávit orçamentário da história em 2020, com receita total de R$ 29,95 bilhões, despesas de R$ 28,08 bilhões e um saldo positivo de R$ 1,86 bilhão.
Os programas de investimento para desenvolver o Estado incluem a participação de capital privado e parcerias público-privadas. Um deles é o programa de transição energética que visa reduzir o consumo de carvão e óleo diesel e ampliar o consumo de gás natural. Nessa mesma linha, prevê a criação de sistemas para uso doméstico de gás fracionado e a construção de um gasoduto de gás natural para abastecer as indústrias do grande oeste catarinense. Brevemente, o gigantesco navio Netuno atracará na Baia da Babitonga carregado de gás para injetar no gasoduto e distribuir essa fonte energética para consumo industrial, em uma nova e inovadora modelagem para disseminar fonte mais barata e com capacidade de aumentar a competitividade das empresas catarinenses.
Buligon também informou que o governo catarinense investirá em obras de infraestrutura para o oeste e em um corredor ferroviário que interligará as regiões produtoras (oeste, meio oeste e extremo oeste) com o litoral, levando mercadorias para os portos e trazendo insumos para produção. Também estimulará a criação de Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) em Lages, Imbituba e Dionísio Cerqueira para acelerar o desenvolvimento dessas regiões.
O Secretário de Desenvolvimento Urbano Sustentável relatou que o Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec), somente no atual governo, apoiou empreendimentos que geraram 3.870 empregos mediante recursos de R$ 4,1 bilhões. Observou, contudo, que a maior parte desses empreendimentos está concentrada no litoral, sugerindo que mais empreendedores do grande oeste apresentem projetos e acessem esse modelo de apoio empresarial.
O presidente Nelson Akimoto agradeceu a presença do Secretário e cumprimentou-o pelo arrojo das iniciativas. Convites semelhantes para participar de reuniões na ACIC serão formulados a outros dois representantes de Chapecó no Governo do Estado: o secretário da Agricultura, deputado Altair Silva e o Secretário da Casa Civil Eron Giordani.
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