Lê Notícias - Política - Alesc aprova projeto de Moisés que estabelece...
Close Menu

Busque por Palavra Chave

Alesc aprova projeto de Moisés que estabelece piso salarial de R$ 5 mil aos professores de SC

Por: LÊ NOTÍCIAS
11/08/2021 18:48 - Atualizado em 11/08/2021 18:52
Daniel Conzi/Agencia AL Apenas o deputado Bruno Souza votou contra o projeto aprovado nesta quarta-feira (11) na Alesc Apenas o deputado Bruno Souza votou contra o projeto aprovado nesta quarta-feira (11) na Alesc

O Plenário da Assembleia Legislativa aprovou, na tarde desta quarta-feira (11), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece remuneração mínima para o magistério público estadual em Santa Catarina. Com o resultado, a PEC 7/2021, de autoria do Poder Executivo, será promulgada pela Mesa Diretora da Alesc, o que possibilitará ao governo conceder o reajuste que deve beneficiar mais de 48 mil professores, entre ativos, aposentados e temporários.

A proposta foi aprovada em dois turnos, por 33 votos a 1. Ela estabelece três faixas de remuneração mínima. A primeira será de R$ 3,5 mil para os professores com formação em nível médio, na modalidade Normal. A segunda será de R$ 4 mil para quem tiver graduação com licenciatura curta. A terceira, de R$ 5 mil, atingirá professores com graduação com licenciatura plena ou graduação em Pedagogia, incluindo os pós-graduados. Os valores são retroativos a 1º de fevereiro deste ano.

A votação da PEC nesta quarta-feira foi possível graças à aprovação na Comissão de Finanças e Tributação, pela manhã, e na Comissão de Educação, Cultura e Desporto, em reunião extraordinária realizada no começo da tarde. A relatora da proposta na comissão, deputada Luciane Carminatti (PT), afirmou que a aprovação é apenas o início de um processo de valorização da categoria, que passa pela apresentação, por parte do Executivo, do novo plano de carreira dos professores, com a descompactação da tabela de vencimentos.

“Essa PEC beneficia 63,9% do magistério, 36,1% estão fora, não vão receber nenhum centavo, e uma boa parcela vai receber um pequeno incremento”, afirmou Luciane. “Tudo que for para melhorar o magistério nós vamos votar a favor. Precisamos sair daqui com uma certeza: essa remuneração não resolve todo o problema da carreira.”

A parlamentar reiterou que o foco central passa a ser a carreira e a descompactação da tabela do magistério. “A aprovação desta PEC é um ponto e vírgula. O ponto final é plano de carreira do magistério, que esperamos que venha logo para esta Casa.”

Manifestações
Deputados de vários partidos se manifestaram pela aprovação da PEC. Neodi Saretta (PT) reiterou a necessidade de um novo plano do magistério, que não tire “o alento daqueles que estão mais adiantados na carreira.”

Dr. Vicente Caropreso (PSDB) elogiou a iniciativa do Executivo com a PEC, mas também ressaltou a importância da descompactação.

Jessé Lopes (PSL) parabenizou o governo pela iniciativa, principalmente por beneficiar os que ganham menos e que serão mais atingidos pela reforma da previdência estadual. Ele cobrou a aprovação do reajuste para os servidores da Segurança Pública, que também beneficie os que ganham menos.

Paulinha (sem partido) afirmou que o estabelecimento da remuneração mínima representa “uma conquista não de uma classe, de um deputado ou de um partido político, mas de todo o governo de Santa Catarina e sua população”. Para ela, “não existe educação prioritária sem a valorização de seres humanos.”

Marcius Machado (PL) comentou que “professor bem remunerado pode buscar mais cursos, novas ferramentas” e classificou a PEC como uma medida importantíssima para a Educação.

Ivan Naatz (PL) destacou que os professores devem ter remuneração e plano de carreira que os estimulem a permanecer na profissão. “Um país não vai se desenvolver corretamente se não fortalecer a Educação”, comentou. “O governo deu uma paulada nos professores na semana passada [com a reforma da previdência], e agora passa a mão na cabeça tentando amenizar o prejuízo.”

Ricardo Alba (PSL) disse que, com a PEC, é possível ver “na prática a valorização do profissional da educação, que nos prepara para a vida”.

Valdir Cobalchni (MDB) elogiou o Poder Executivo pela apresentação da proposta. Ele garantiu que o governo encaminhará à Assembleia um plano de carreira “para valorizar 100% dos profissionais da Educação do nosso estado.”

Ada de Luca (MDB) destacou a sensibilidade do governo ao apresentar a PEC. “Professores também sofreram com a pandemia, precisaram se reinventar. A qualidade de ensino também vai melhorar com a valorização dos professores.”

Volnei Weber (MDB) lembrou que “é através da Educação que se constrói uma boa sociedade”. Para isso, é importante que os professores sejam valorizados.

O líder do Governo na Alesc, José Milton Scheffer (PP), classificou a aprovação da PEC como “um dia marcante na história da Educação de Santa Catarina”. Para ele, a proposta é um passo importante na valorização dos professores da rede estadual e que coloca Santa Catarina na frente de outros estados.

Único voto contrário à PEC, o deputado Bruno Souza (Novo) afirmou que não era contra o reajuste aos professores, mas criticou a maneira rápida como a proposta tramitou na Assembleia.

“Estamos mudando a Constituição, a lei maior do nosso estado, e não sabemos quais serão seus impactos. Não teve uma diligência, uma consulta ao Tribunal de Contas”, disse. “Não é ser contra a classe. Meu protesto é contra essa forma de votação açodada. Não sabemos os impactos fiscais do que estamos votando.”


Outras Notícias
Governo de SC
Prefeitura de Chapecó
Semasa Itajaí
PALHOÇA
Unochapecó
Prefeitura Floripa Junho
Publicações Legais Mobile

Fundado em 06 de Maio de 2010

EDITOR-CHEFE
Marcos Schettini

Redação Chapecó

Rua São João, 72-D, Centro

Redação Xaxim

AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro