Convicto de que não irá disputar as eleições em 2022, o deputado estadual Milton Hobus afirma que irá apenas trabalhar para construir o melhor cenário possível ao PSD de Santa Catarina. Ex-prefeito de Rio do Sul, o parlamentar concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini e deu um panorama da realidade da sigla que já governou o Estado e que hoje possui quatro deputados estaduais e dois federais.
Citando Raimundo Colombo, João Rodrigues, Napoleão Bernardes e Adeliana Dal Pont, o presidente do PSD de SC observou que o melhor nome será decidido como candidato a governador em abril do próximo ano. Ainda, afirmou que respeita Gelson Merisio, considerando-o como um “grande quadro político”. Confira:
Marcos Schettini: Qual o tamanho do PSD em SC?
Milton Hobus: 41 prefeitos, 36 vices, 365 vereadores, 4 deputados estaduais e 2 deputados federais.
Schettini: O presidente Gilberto Kassab passou pelo Estado e deixou qual direcionamento possível?
Hobus: O PSD nacional está se organizando para disputar a eleição na maioria dos Estados brasileiros e terá candidato a presidente. A filosofia do partido é que a razão de existir é para disputar eleições em todos os níveis com candidatos preparados para governar.
Schettini: O que o ex-governador Raimundo Colombo quer de 2022?
Hobus: O ex-governador Raimundo Colombo está dando uma contribuição partidária muito grande em colocar seu nome à disposição, juntamente com João Rodrigues, Napoleão Bernardes e Adeliana Dal Pont. Todos em condições de liderar uma chapa majoritária ou compor em qualquer posição. Temos vários perfis e quem estiver melhor em abril de 2022 será o candidato.
Schettini: A ideia dele de disputar espaço na majoritária é para coligar com Carlos Moisés?
Hobus: Neste momento não estamos discutindo coligação, nosso objetivo é ter candidato a governador, temos nomes e time para isso. As composições se discutem no tempo certo.
Schettini: Gelson Merisio foi retirado do PSD e não tem mais espaço na sigla?
Hobus: O Merisio é um grande quadro político, que decidiu sair do PSD na busca de novos horizontes. Tem o nosso respeito, mas não faz mais parte do time do PSD.
Schettini: Merisio não é o grande mentor da desgraça eleitoral de 2018 quando decidiu atirar no peito do MDB?
Hobus: A eleição de 2018 não teve culpados, todos foram atropelados pela onda 17 que tomou conta de SC.
Schettini: Eron Giordani, como secretário da Casa Civil, não é um elo para aproximar o PSD do processo eleitoral do ano que vem?
Hobus: O Eron está dando uma grande contribuição ao governo e, consequentemente, para Santa Catarina. E é pensando no melhor para SC que o PSD, através de sua bancada, tem procurado contribuir com o Estado através do novo momento onde se estabeleceu o diálogo com o governo, sem qualquer compromisso com a eleição futura.
Schettini: Quem é seu candidato a governador?
Hobus: Meu candidato a governador será o melhor nome do PSD na visão do partido.
Schettini: O Sr. toma direção eleitoral no ano que vem ou aposentou a vida pública?
Hobus: Meu desafio será contribuir para montarmos um grande time para disputar as eleições em 2022, vencer e dar uma grande contribuição para o nosso Estado. Mas não serei candidato.
Schettini: Quem é Jair Bolsonaro para o senhor?
Hobus: Jair Bolsonaro é o presidente do Brasil e tem meu respeito e, acima de tudo, meu desejo que faça o melhor pelo Brasil.
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