João Doria é o melhor do PSDB
O governador de São Paulo não tem medo de enfrentar as prévias e sabe que é uma de muitas etapas de seu maior objetivo eleitoral. Com São Paulo valendo-se em mais de 70% de vacinados e a entrega de 100 milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde, torna-se a mãe de todas as vacinas. Do seu trabalho, com a equipe de Dimas Covas e Cíntia Lucci, a Butanvac vai nascer em alguns dias e será o imunizante genuinamente brasileiro. Tem bandeiras hasteadas e, portanto, exemplos grandiosos para convencer os ninhos estaduais e ser seu melhor projeto para desafiar os extremos que afundam o Brasil em uma possível guerra civil. O tucano paulista tem argumentos para afirmar sua posição no debate sucessório sem a passividade verbal ou agressividade desnecessária. Já recebeu o apoio de Fernando Henrique Cardoso e, logo adiante, outros de peso semelhante. Geraldo Alckmin é um quadro valioso para construir o alcance de um Brasil possível e, sua liderança pode ser responsável por assinar esta edificação. Dividir, neste caso, é ajudar a tropeçar tudo e todos. Doria é a única saída real.
UNIDADE
O MDB definiu o dia 15 de fevereiro para ser a data final para decidir quem será o nome do partido para disputar o processo eleitoral. Os três nomes, Antídio Lunelli, Dário Berger e Celso Maldaner, têm até lá para entrarem em entendimento e dizer o que deve acontecer. Se não der assim, é guerra interna.
FERVENDO
O MDB reuniu seus líderes hoje pela manhã em Florianópolis para defender ou ir contra as prévias que vai definir o próximo candidato do partido ao governo. Um cadeirão de água borbulhando sobre a cabeça dos grupos em disputa.
ADIAMENTO
Aquilo que se chama de prévias, já foi para o baú. Se assim não fosse, já teriam feito acontecer. Os ulyssistas estão enfrentando um grande dilema interno e a sua missão já desmoronou. Estão divididos entre candidatura própria e Carlos Moisés.
RENÚNCIA
Antídio Lunelli está pronto para sair da Prefeitura de Jaraguá do Sul logo após ver seu nome confirmado dentro do MDB. É o seu primeiro desafio. Sabe que para chegar a esta estação, vai ter que acelerar bastante. A reunião de hoje vai dizer muito de tudo.
FALAÇÃO
Negam o raciocínio, mas, no final, é exatamente a vida dentro e fora do governo estadual. Carlos Moisés oferece muito e os deputados estaduais não querem perder o que tem à disposição. O peso das prévias é jogar esta riqueza para a oposição. Se você não quer, o outro aceita.
MAJORITÁRIA
Os únicos partidos que não querem estar com Carlos Moisés são PTB e PL que, em tese, tem candidato a governador. Ambos se reuniram no último final de semana para dar diretrizes em SC. Kennedy Nunes se movimenta ao Senado com Jorginho Mello na cabeça. Falta o vice.
TRIÂNGULO
Jorginho foi a Xanxerê reunir o PL para consolidar seu nome ao governo como representante do Oeste. Kennedy Nunes no PTB na vaga ao Senado pelo Norte e, agora, querem um quadro do Sul para fechar a geografia na chapa. Joares Ponticelli, de Tubarão, um desenho Inicial.
LÓGICA
O Progressistas vai estar com Jair Bolsonaro e, neste caso, se o MDB de Baleia Rossi é João Doria a presidente, o partido em SC vai desenhar junto. Por isso, a turma de Jorginho conta com Angela Amin ou Ponticelli na chapa.
AMARRAÇÃO
Esperidião Amin e Jorginho Mello jogam ping-pong com o projeto de reeleição de Jair Bolsonaro em SC mesmo se sobrar só os farelos do presidente. Se o Centrão ver que o cenário é um Titanic versão eleitoral, abandonam imediatamente. Se manter, saem juntos.
ARQUITETURA
Carlos Moisés sabe que, nem tanto ao mar, nem tanto à terra, precisa olhar o cenário para decidir seu rumo. O Progressistas não seria um caminho ruim, mas afastaria o MDB do jogo. O talento de Eron Giordani, da Casa Civil, também vai ser posto à prova.
TALENTO
É diferente a questão de ser maestro na quebra da espinha do impeachment para aquele de 2022. Eron Giordani tricota com todos os deputados estaduais, mas sabe que, cada uma das siglas joga com o peso do tamanho. Para fazer o tecido da reeleição de Moisés, tem que ter agulha.
AGULHA
É aquela que fura para passar a linha. E ela está sendo dada diariamente nas discussões que Eron Giordani realiza com seus pares da Alesc. A oposição que quis derrubar o governador, tem um tentáculo ali e outro lá, mas, em tese, são todos identificados, um a um, para serem sacrificados na indiferença total.
INDIFERENÇA
É ter muito a dar e tirar. Oferecer aos parceiros e arrancar o que resta da oposição. Ficou bem identificada a estrutura para derrubar o governador que, sabe-se, conhece quem é quem. O jogo é estar selecionando. Para fazer o melhor time e destruir o placar, a bola não para.
DEVAGAR
Gean Loureiro vai dar alta hospitalar e, orientado por Fábio Veiga, começar a olhar o relógio eleitoral. O prefeito da Capital é um bom produto para as urnas, mas vai ver onde é o melhor encaixe para saber a direção a seguir. O marido de Cíntia Loureiro tem o que mostrar ao eleitor.
CARDÁPIO
Fábio Veiga tem um arsenal a ser usado no processo político. A mente do publicitário é rica em detalhes de aliados e oposicionistas. Conhece os defeitos e arrojo de cada um. Não foi à toa que venceu a eleição no 1° turno na Capital. Soube e sabe o roteiro e, por isso, Gean tem muito.
PATRIMÔNIO
Responsável por construir o PSL em SC, Lucas Esmeraldino por pouco não foi senador. Ele assinou uma forma de trabalho partidário que deu certo para muitos e sabe como fazer. Não tinha nada e fez muito. Por isso, com 1 milhão de votos, vai ao Senado.
DESAFIADOR
Lucas Esmeraldino sabe que pode disputar a federal. Mas se tiver espaço na majoritária, vai ao Senado. Nestes tempos em que sai e entra Moisés, fez mínimos movimentos, mas com peso máximo para fazer o projeto político ganhar altura. Tem um bom piso de apoio para a Câmara.
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