O pedido de impeachment solicitado pelo presidente da República em face do ministro do STF Alexandre de Moraes deve seguir para parecer jurídico de Procurador do Senado, que não é, por sua vez, vinculante ao Presidente do Senado, cuja decisão pela abertura ou não do processo é irrecorrível e insindicável no mérito.
O que espanta é a OAB Nacional se meter onde não tem legitimidade, tampouco me parece foi chamada, para antecipar palpite de juízo de valor sobre dito pedido. Cuidassem das prerrogativas dos advogados, e diminuíssem a anuidade, das mais caras das carreiras organizadas do Brasil, faria melhor, que se imiscuir em questões que interessam, a rigor, às partes do procedimento.
Não é de hoje que a OAB nacional se perde em entrar na discussão de procedimentos de impeachment, tomando partido sem refletir que pode haver interesse legítimo também de colega Advogado “no outro lado do rio” em que a OAB se posiciona açodadamente.
Isso, só se vê no Brasil, em que a síndrome do protagonismo a qualquer preço beira ao ridículo perpassando pela montanha do “de todo lamentável”.
Enfim, que a OAB proteja as prerrogativas dos advogados tanto de Bolsonaro, quanto de Alexandre de Moraes, sem tomar partido na querela, é a mínimo a se esperar de uma Instituição dos profissionais da defesa, do contrário, é passar recibo de se tratar de um puxadinho ideológico ou de fileiras políticas determinadas.
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