Prefeito de Florianópolis e uma das principais lideranças da União Brasil, partido que nascerá da fusão entre Democratas e PSL, Gean Loureiro tem trabalhado em ritmo intenso para que possa projetar seu nome para além da capital, com objetivo de disputar a majoritária em 2022.
Com intuito de propagar seus projetos por Santa Catarina, o prefeito da Capital tem mantido uma boa relação com o vice-prefeito Topazio Neto (Republicanos), que deverá assumir o comando da prefeitura caso Gean renuncie para ser candidato.
Diante disso, o atual presidente do Democratas em SC concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini e deu um panorama de como observa a realidade política no Brasil, comentando sobre terceira via, Jair Bolsonaro e Carlos Moisés. Ainda, falou sobre a vacinação contra o coronavírus e afirmou que quer retomar a economia com muita força para continuar fazendo grandes obras. “Os próximos meses prometem”, disse. Confira:
Marcos Schettini: União Brasil, nome da fusão entre Democratas e PSL, não marca muito pouco?
Gean Loureiro: O Brasil precisa de mais união e menos partidos. São 33 no total. Uma sopa de letrinhas que a população não entende. A união vai diminuir siglas e fortalecer a democracia.
Schettini: A convenção que formaliza esta unidade, também terá um nome a presidente em 2022?
Gean Loureiro: O trabalho é ter um candidato, mas talvez o nome seja definido mais para frente.
Schettini: O senhor está buscando um espaço na majoritária. Este superpartido fortalece em qual direção?
Gean Loureiro: O DEM de Santa Catarina está trabalhando por um projeto de lançar candidato à majoritária em 2022. Não definimos nome, estamos fortalecendo o partido. A união contribui ainda mais para esse crescimento.
Schettini: Qual sua relação com o governador Carlos Moisés neste momento?
Gean Loureiro: É institucional. Sou parceiro de qualquer projeto estadual que contribua com Florianópolis.
Schettini: Que tipo de coligação o senhor pretende fazer para liderar uma frente de oposição no ano que vem?
Gean Loureiro: A frente que eu gostaria de estar é de um projeto que verdadeiramente pense mais em Santa Catarina, melhore nossas estradas, nossas unidades de educação e saúde, que faça ser respeitado o nosso Estado a nível nacional, principalmente na distribuição de recursos em Brasília.
Schettini: Quais são as maiores marcas da era Gean Loureiro para convencer o eleitor a votar neste nome a governador?
Gean Loureiro: Primeiro eu preciso convencer o eleitor de Florianópolis, que acreditou no nosso projeto, que ele votou certo. Por isso, todo o meu empenho tem sido nas obras e projetos aqui na Capital. Precisamos finalizar a vacinação de todos, retomar com muita força a economia e continuar fazendo grandes obras. Os próximos meses prometem!
Schettini: Se o governador Carlos Moisés chamar sua liderança para compor reeleição, o senhor aceitaria?
Gean Loureiro: Acredito que estaremos em projetos diferentes por termos visões diferentes de administração. Pessoalmente e institucionalmente, respeito.
Schettini: Qual é sua relação real com o vice Topazio Neto?
Gean Loureiro: Muito boa. É um companheiro e amigo. Tem sido muito leal.
Schettini: A vacinação contra a Covid-19 venceu as dúvidas ou elas permanecerão?
Gean Loureiro: Os números já provaram a importância da vacinação. Milhares de vidas sendo salvas graças à vacina. É o nosso caminho para a volta da normalidade, a retomada econômica, o retorno dos encontros.
Schettini: Que avaliação o senhor faz do presidente da República?
Gean Loureiro: Eu torço para que ele acerte nas ações. Afinal, ele é o piloto do avião que todos nós, brasileiros, estamos dentro.
Schettini: Qual é a direção da terceira via? O senhor acredita que possa haver esta possibilidade?
Gean Loureiro: Creio que sim. A polarização não é boa para o país.
Schettini: Entre Lula da Silva e Bolsonaro no 2° turno, em quem o senhor votaria?
Gean Loureiro: Melhor responder quando e, se, houver esse cenário.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro