Representando o aprisionamento dentro de nós mesmos, inseguranças e anseios pela liberdade durante o isolamento social, a Galeria de Artes Agostinho Duarte apresenta a exposição 'Não Sou Nada'.
Em uma série de autorretratos, denominada 'Destino Conduzindo a Carroça de Tudo Pela Estrada do Nada', a artista Alessandra Ropre busca trazer um olhar humanizado, lúdico e leve sobre temas que podem trazer malefícios para a mente.
"O processo criativo é sempre libertador para mim. É quase uma explosão de pensamentos e sentimentos que despejo sobre o tecido. Como sou muito inquieta, pinto muito rápido. E mergulho em meu ateliê por dias e horas dedicada ao trabalho com as tintas", conta.
Pintadas em acrílico sobre algodão, as nove obras foram produzidas durante dois meses da pandemia, em 2020. Nelas, Alessandra se reconhece como uma ilha, estática e monótona, mas com fortes desejos de viajar pelo oceano, ser livre como as ondas. "Por se tratar de autorretratos, há símbolos e rostos que caracterizam meu momento. Cada símbolo relata maneiras que eu usaria, poeticamente, para escapar da angústia contemporânea", ressalta.
Com curadoria de Miguela Rabelo, a abertura da exposição aconteceu nesta quarta-feira (27/10), às 19h, no Instagram da Galeria de Artes. As obras foram debatidas por meio de uma live com a participação de Alessandra e Miguela e, simultaneamente, expostas no feed da Galeria e da artista.
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