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Entrevista | Estou com gás total como se fosse minha primeira eleição, diz Dário Berger sobre 2022

Por: Marcos Schettini
28/10/2021 15:58 - Atualizado em 28/10/2021 16:01
Waldemir Barreto/Agência Senado

Senador com 16 anos de experiência nas prefeituras de São José e Florianópolis, Dário Berger está chegando ao último ano de mandato no Senado com um leque de trabalhos que lhe credenciam como candidato ao Governo do Estado em 2022. Liderança do MDB com ações em todas regiões de Santa Catarina, o congressista afirma estar capacitado para governar os catarinenses diante dos grandes desafios que o Estado precisa enfrentar.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini, o senador disse que quer ser governador para transformar SC num Estado ainda mais empreendedor, de excelência e oportunidades. Afirmando estar recebendo apoio de grandes nomes ulyssistas para disputar, Dário tem tomado posições firmes e de enfrentamento no Congresso Nacional que renderam vários frutos para Santa Catarina. Diante disso, diz estar com gás total, como se fosse a primeira eleição, para mergulhar no pleito do ano que vem. Ainda, o parlamentar comentou sobre Carlos Moisés, Jair Bolsonaro e possíveis alianças. Confira:

Marcos Schettini: O senhor é candidato a governador. Qual MDB está ao seu lado?

Dário Berger: Sou pré-candidato a governador para transformar Santa Catarina num estado ainda mais empreendedor, de excelência, de oportunidades. É preciso pensar e projetar SC para o futuro. Assim agindo, o nosso Estado será mais reconhecido e o orgulho de ser catarinense vai bater mais forte em nossos corações. Estão comigo nessa caminhada as maiores e mais expressivas lideranças do nosso partido. São os ex-governadores Paulo Afonso e Eduardo Moreira; o nosso candidato ao governo em 2018, Mauro Mariani; os deputados Rogério Peninha Mendonça e Edinho Bez; os prefeitos (as), vereadores (as), vice-prefeitos (as) e a nossa vibrante militância. Gente que conhece e tem consciência da responsabilidade de governar Santa Catarina.


Schettini: O senhor falou vários termos para se referir a fake em torno do seu nome. O que aconteceu?

Dário Berger: Eu não suporto mentira. Acho legítima toda e qualquer disputa, desde que seja com ética, com responsabilidade e, principalmente, com respeito aos adversários. Toda vez que meu nome for usado por pessoas mal-intencionadas, com intuito de propagar mentira, a reação será dura e exemplar.

Schettini: Quais ideias o senhor teria para se dirigir ao eleitor de que seu nome é ideal para governar SC?

Dário Berger: Santa Catarina precisa urgentemente de um plano estratégico de desenvolvimento econômico, social e logístico de curto, médio e longo prazo. Falta organização, controle e, sobretudo, planejamento. Um governo que não tem de forma transparente um plano mínimo de metas, não tem nada. Sou um administrador de resultados. Metas e foco sempre foram minhas prioridades tanto na vida pública como no setor privado.

Acredito que os resultados alcançados como prefeito de São José e Florianópolis, além do mandato de senador da República, me credenciam a apresentar aos catarinenses um plano estadual de desenvolvimento para o futuro.

Como prefeito eleito e reeleito de duas das maiores cidades de SC, implantei uma gestão voltada para a administração de resultados. As obras, as ações e os projetos apareceram, impactaram de forma positiva na qualidade de vida da população. Foi uma grande transformação. As cidades se desenvolveram e as pessoas cresceram junto. É isso que pretendo fazer por toda Santa Catarina.

Como senador, assumi funções estratégicas que me permitiram contribuir significativamente com o Estado. Cito como exemplo a presidência da Comissão Mista de Orçamento – considerada a mais importante do Congresso Nacional. Tive a honra e a responsabilidade de ser único parlamentar catarinense até hoje a assumir esse cargo. Isso resultou na aprovação de mais de R$ 1 bilhão no Orçamento Geral da União de 2018 em investimentos para Santa Catarina nas mais diversas áreas.

Destaque para a infraestrutura rodoviária. Sendo conquistados mais de R$ 500 milhões para continuidade de obras importantes nas rodovias do Estado, como a BR-470, BR-280, BR-282, BR-163 e BR-285. Além disso, tiramos do papel a terceira faixa da Via Expressa na entrada de Florianópolis. Um investimento de R$ 26 milhões.

Viabilizamos mais de R$ 370 milhões via emendas individuais, de bancada, e de recursos extra orçamentários graças ao trabalho e articulação junto aos ministérios que beneficiaram todas as regiões do Estado.

Deste total, cerca de R$ 130 milhões foram para a saúde pública dos catarinenses. Sendo R$ 50 milhões distribuídos aos hospitais e R$ 80 milhões para as prefeituras.

As Apaes de diversos municípios receberam um total de aproximadamente R$ 14 milhões para as ações de assistência social.

Conseguimos R$ 19 milhões para tirar do papel as obras que estão hoje em andamento sob a responsabilidade do Governo do Estado para contenção de encostas em 25 pontos da nossa Serra do Rio do Rastro.

Para a agricultura, viabilizamos R$ 24 milhões destinados para a compra de máquinas e implementos agrícolas aos pequenos agricultores. Foram quase R$ 150 milhões da Defesa Civil para atender projetos de prevenção e reconstrução de estradas e pontes afetadas por chuvas e enxurradas. Para projetos de infraestrutura turística foram R$ 21 milhões.

Já na presidência da Comissão de Educação do Senado, aprovamos o novo Fundeb, o Fundo que financia a educação básica como política pública de Estado garantida na Constituição, e atuei como relator do projeto de lei que vai implementar um Sistema Nacional de Educação no Brasil. Apresentei recentemente o relatório final que deve ser votado nos próximos dias.

Na presidência da Comissão de Infraestrutura, promovi recentemente uma audiência pública que viabilizou o acordo entre o governo estadual e o governo federal que resultou no aporte de recursos na ordem de R$ 465 milhões para acelerar as obras nas nossas principais rodovias federais que andam a passo de tartaruga. Sendo R$ 300 milhões para a BR-470; R$ 50 milhões para a BR-280; R$ 100 milhões para a BR-163; e R$ 15 milhões para a BR-285.

Enfim, diante disso, penso que o meu perfil se encaixa nos requisitos exigidos não meramente para ser só mais um governador, mas para ser um governador que faça história e que deixe um legado, assim como deixei nas cidades por onde passei, sendo considerado por diversas vezes o melhor prefeito do Estado.


Schettini: O senhor não se mostra desmotivado?

Dário Berger: Eu não estou nenhum pouco desmotivado. Pelo contrário, estou pronto para percorrer Santa Catarina, conversar com as lideranças, independentemente de partido político, para ajudar a solucionar os problemas do nosso Estado e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Um Estado com segurança jurídica e equilíbrio político para os investidores, um Estado de oportunidades para os cidadãos. É esse Estado que quero construir junto com todos os catarinenses. Nós sabemos que é possível, já tivemos governos que proporcionaram isso. Esse é o desafio que me move e estou com o gás total como se fosse minha primeira eleição.

Schettini: Por que o senhor não está visitando as lideranças de modo independente?

Dário Berger: Eu tenho conversado com muitas lideranças, de diversos partidos, porque o desejo de fazer Santa Catarina voltar a ser um Estado modelo para o Brasil é o que nos une, e isso é maior do que qualquer bandeira partidária. Eu vou conversar com todos do meu partido e de qualquer sigla partidária que tenha o objetivo em comum de colocar SC em 1º lugar.


Schettini: O Brasil está destruído?

Dário Berger: O Brasil, pela força do trabalho do povo que tem, pela coragem dos empreendedores que tem, pelas belezas naturais e oportunidades que tem, nunca será destruído.


Dário Berger em discurso no Senado sob os olhares do senador Jorginho Mello (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Schettini: A tese de que o modo extremista de governar o Brasil jogou a cidadania no caos, é correta?

Dário Berger: Nenhum extremo constrói. Eu sou um defensor da democracia, e numa democracia o futuro se constrói com diálogo, com entendimento e com convencimento. Toda vez que sentarmos para conversar vamos descobrir que existem mais coisas que nos unem do que nos separam.


Schettini: O que é a chamada terceira via?

Dário Berger: Acredito que a terceira via é um lugar que ainda não existe. Mas essa discussão está mais no âmbito nacional. Meu olhar agora está em SC. Confesso que fico até um pouco impaciente com as pessoas discutindo ideologias e candidatos à Presidência da República enquanto temos problemas urgentes para resolver aqui dentro de casa, no nosso Estado. Ou direcionamos o olhar e concentramos energias nos nossos problemas, ou Santa Catarina continuará perdendo força, competitividade e qualidade de vida, independente de quem seja o presidente.

Schettini: O que o senhor vê no governo Moisés? Aceitaria compor com ele, por exemplo, ao Senado?

Dário Berger: Como eu já disse, eu sou um homem do diálogo e pronto para ajudar SC em qualquer posição que for escalado. Mas hoje eu sou pré-candidato ao governo. O governo Moisés teve diversas dificuldades por falta de experiência, pela negação da política e vários erros estratégicos. Acredito que é por isso o desejo da população em optar pela experiência. “A nova política” sempre foi uma falsa retórica. Tanto é verdade que o governador Moisés foi buscar quadros qualificados na política, inclusive no MDB, para recompor seu governo e governar. Bolsonaro também fez a mesma coisa.


Schettini: Com quem o senhor sentaria para discutir uma composição?

Dário Berger: Com todos que tiverem interesse de elaborar um projeto estratégico de desenvolvimento para Santa Catarina. O ideal é construir primeiro o projeto e, depois sim, buscar encontrar quem reúne as melhores condições para ser o candidato. Se for para construir um Estado melhor e dialogarmos sobre o que realmente importa, estarei disposto para conversar.


Schettini: E com quem não discutiria e por quê?

Dário Berger: Com quem está nesse processo por interesses outros que não sejam os de construir um projeto de desenvolvimento econômico e social para Santa Catarina. Nosso Estado precisa de união, equilíbrio, serenidade, sensatez e muito trabalho para crescer e prosperar.


Schettini: O que a pandemia mudou na vida das pessoas?

Dário Berger: A vida de todos piorou. Seja com as perdas de pessoas queridas, uma vez que o Brasil ultrapassou 600 mil mortes; seja com a perda de empregos ou a diminuição de salários. Todos sofremos também com o distanciamento social. Enfim, todos foram afetados e sentiram na pele a importância de termos governantes capazes de resolver grandes problemas. Gente que está na política para agregar, conciliar e dar resultado. A pandemia mudou até a política. Os catarinenses agora já demonstram querer candidatos experientes, resolutivos e sérios. Os problemas aumentaram, as necessidades mudaram, as expectativas dobraram e eu me sinto preparado para os grandes desafios que precisamos enfrentar.


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