Empresários na defesa das BRs; Jair Bolsonaro despreocupado com SC; Estado abandonado no Federal; Subserviência estadual; General Heleno lavou as mãos

Se gritar pega Centrão, não fica um

Na política vale tudo. Quem é do meio sabe que, dentro, tudo. Bacana é ver Renan Calheiros sendo achincalhado pelo filho rachadinha e, no outro dia, rindo e agradecido a Valdemar Costa Neto pelo gesto nobre de receber um valioso homem, respeitado mundo afora, ao lado sorrindo e repleto de dignidade, ao afirmar-se deste meio, desta célula, de onde sempre foi, sua moradia preferida. A vida pública é assim. Massacra ali, acalenta lá. Em SC, é cheio destes exemplos clássicos de ódio e amor total. Vale pela pipoca que, na campanha eleitoral, vão ver aquelas motocicletas com a bandeira brasileira tremulando na traseira de uma Harley Davidson dos sonhos em que, cujos donos, querem recursos para as BRs já. Chiquinha e Bastião são diferentes da Drª Louis Vuitton e seu marido Eng° Torres Gêmeas BC. Os primeiros passam fome, os segundos são os colas-finas que patrocinam isso. Eles querem melhorias nas rodovias e pedem isso ao Centrão se reunindo na Fiesc. Nesta aí, o general Heleno foi a melhor versão de Pôncio Pilatos. Ao menos exime-se.

OUSADIA

A iniciativa da Fiesc e do Grupo ND em defender investimentos nas rodovias de SC, é digna de aplauso. O empresário Marcello Petrelli e Mario Cezar de Aguiar abraçam uma causa com indiferença em Brasília que ignora, de modo escancarado, os pleitos do Estado.

ESQUECE

A grande obra de Jair Bolsonaro em favor dos catarinenses foi a plena indiferença com o que recebeu do seu eleitor. O inquilino do Palácio do Planalto pisou em terras catarinenses e foi aplaudido pela ignorância, plena, diga-se, dos interesses desta gente. E tem quem o defenda.

PASSEIO

Foi a São Francisco passar feriados, reuniu partes da bancada de SC, passeou de moto com dinheiro público e outras tantas perdas de tempos e, inimaginável, chamam-no de mito enquanto ele ri de volta aos tolos que o aplaudem.

ENTÃO

SC deu a Jair Bolsonaro total atenção eleitoral. Mas passados três anos desta demonstrada boa intenção, não há uma só notícia de algo glorioso que o chefe da nação tenha feito em favor desta gente após assumir o controle deste país continental.

MAIS

Jorginho Mello está certo ao tirar dividendos políticos da imagem de Jair Bolsonaro para 2022. O presidente da República defeca no quintal dos catarinenses, coloca um ventilador para espalhar o odor e filmar todos eles inalando felizes. Zumbis apoiando, interesses ganhando. O PL sabe.

REAL

O movimento da Fiesc reuniu lideranças catarinenses para defender investimentos nas rodovias e, interessante, nenhum falou que Jair Bolsonaro suga as energias do Estado e devolve este carinho cruzando os braços dando uma banana. Não se sabe qual a vantagem de fazer política assim.

VALENTIA

A Fiesc está correta nas intenções, mas os manifestos de interesses não avançam. O Palácio do Planalto desceu em SC várias vezes para passear e fazer selfies com dinheiro público. A ilusão de que serão atendidos nesta gritaria, ao menos anima. Depois, para por aí.

ELE

Carlinhos Chiodini, o deputado federal que preside a Comissão de Viação e Transportes na Câmara, foi secretário de Desenvolvimento de SC, é a melhor voz para que os pleitos do Estado sejam atendidos nesta área específica. Cadê a comitiva estadual lá em Brasília?

BALANÇO

O empresariado é forte e pode alcançar o que desejar dentro dos interesses de infraestrutura. Tem nomes, números e mobilização para chutar a porta em Brasília. Conseguem mobilizar apoio, mas na hora de mostrar isso na prática, não tem megafone suficiente.

ZERO

Falam do ministro Tarcísio Freitas, mas, no geral, não tem absolutamente nada em favor dos catarinenses. Vão dizer que ele tem muitas demandas e todo aquele blá, blá, blá, e, por isso, não é fácil resolver os problemas do Brasil. Esta aceitação é a melhor parte do teatro.

VERÃO

Quem tem helicóptero para ir e vir, não tem problema em estradas. O veranista é que gosta de passar 7 ou 8 horas para ir e voltar das praias. Ele passou o ano todo pendurando frango e linguiça nas unidades da Sadia para ver sua família fritando. Tarcísio Freitas sabe. Ele sabe.

BLÁ

A política de subserviência é patética. São todos bafos de boca. No primeiro tiro, saem todos correndo. Falam pelos cotovelos, mas silenciam-se na gritaria. Jair Bolsonaro não está perdendo o sono por SC. É ingrato e indiferente. Sabe que tem puxa-saco e, como todos, tolos.

TOLOS

Deveria ter uma lei federal para proteção desta célula subserviente que, parecida ao da Maria da Penha, proíbe o marido violento se aproximar da vítima. Jair Bolsonaro ama seus subservientes que votam e humilham-se para, no final, receber aquele maravilhoso pontapé. Nisso, nem Freud consegue.

TÁ

Sensibilizado, honrado na palavra, defensor da ciência, da verdade e da vida, que não mente nas informações sobre o país, homem respeitado por estadistas mundiais, que odeia o Centrão, não faz rachadinha, nem senta à mesa com milicianos, vai atender aos pleitos da Fiesc.

CENA

General Heleno não foi à festa de filiação do eloquente e sério presidente da República ao PL. É que o militar iria vomitar nas medalhas conquistadas pelo brio que ostenta. Ele, à mesa, ao lado de Valdemar Costa Neto cantando a musiquinha do Centrão, só com cartão Visa. E a Fiesc reivindicando.