Ao longo de 2021, a arrecadação de Santa Catarina bateu recordes, com média acima de R$ 3 bilhões ao mês. O Estado terminou o ano com R$ 36,2 bilhões na arrecadação total, um crescimento de 22,3% em comparação com o ano anterior. Os bons números são resultados de esforços tanto do setor produtivo quanto do Poder Público, sobretudo, do trabalho da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF/SC).
Entre os setores que mais cresceram na economia catarinense no ano passado, ressalta-se o de automóveis e autopeças, com alta de 46,8% em relação a 2020; a indústria têxtil, com 45,68%; e os materiais de construção, com 44,8% de acréscimo. “Os altos índices refletem, também, na geração de empregos. No ano passado, até novembro, o Estado superou 205 mil novos postos de trabalho, um recorde. Somente estes três setores que mais cresceram em Santa Catarina foram responsáveis por aproximadamente 25% destes empregos gerados, segundo análise do painel do Cadastro Geral de Empregos, o Caged”, enfatizou a diretora de Administração Tributária (Diat), Lenai Michels.
A diretora da Diat lembra que, em 2019, o Estado retirou as autopeças da Substituição Tributária (ST) e que isso também colaborou com o aquecimento do setor. “Quando há uma saída da ST, há um período de adaptação. No modelo anterior, o imposto era cobrado no início da cadeia produtiva e, com a saída, o imposto é pago somente após a comercialização”, explicou. Sobre os têxteis, Lenai afirma que o Poder Executivo tem auxiliado o segmento. “No ano passado tivemos muitas conversas com o setor, ajustamos a legislação e os entendimentos. Temos uma competividade boa também porque concedemos benefícios fiscais para o setor têxtil, tão importante para a nossa economia, continuar aquecido e gerando empregos”, salientou.
Outros segmentos que tiveram destaque no ano passado foram a indústria metalomecânica, cuja arrecadação subiu 29,8% em comparação com o ano anterior; os transportes, com alta de 29,6%; supermercados, com 25,5%; e a agroindústria, que cresceu 23,5%. “Vale destacar que, com exceção dos medicamentos, todos os setores analisados pela Fazenda registraram números positivos”, afirmou a coordenadora do Grupo de Especialistas Setoriais (GES) da SEF/SC, Maria Aparecida Mendes de Oliveira. No caso dos medicamentos, a queda foi de 4% em relação a 2020. Isso porque o setor saiu da ST no início de 2021 e ainda está no período de adaptação fiscal.
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