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Raimundo Colombo irrita PSD; Fecam tem eleição hoje; As trapalhadas da oposição; Cresce nome de Salvaro no tucanato; Vinicius Lummertz vai; Edinho Bez quer o Senado; Doria sobe no fracasso de Bolsonaro

Por: Marcos Schettini
31/01/2022 08:33 - Atualizado em 31/01/2022 10:09
Governo de SP

Doria presidente ganha força em SC

As lideranças do PSDB nacional começam a fazer uma leitura da importância do governador paulista na disputa pelo Palácio do Planalto. Jair Bolsonaro virou as costas para SC e usa o Estado apenas para passear, ignorando os interesses de infraestrutura. Depois dos sucessivos cortes orçamentários nas rodovias federais, o governador de SP passou a ser uma oportunidade política. Não é à toa a presença de Bruno Araújo em terreno catarinense. Ele sabe que o presidente da República desmerece o apoio que recebeu em 2018, tirou recursos importantes para o desenvolvimento da economia e faz piadinha enquanto a relação entre ele e o eleitor vai esfriando todos os dias. Lula da Silva já lidera as pesquisas e tem uma vantagem de até 5% sobre Bolsonaro em SC. Os setores da economia deverão reagir em favor da candidatura presidencial do tucano. Sabem que Sergio Moro não tem força para reação e está fora da sucessão. O marido de Bia Doria tem o que mostrar em investimentos feitos, tem seriedade, é o pai da vacina no Brasil e é um vencedor nas urnas. O jogo começa a mudar nas terras de LHS com conversação em Joinville. São as discussões ganhando firmeza e direcionamento. O parceiro de Hamilton Mourão já era.


AFIRMAÇÃO

Raimundo Colombo fala pelos cotovelos e busca no governador de SC o bate-volta verbal que precisa para se manter no debate sucessório. Falando apenas para ele, o lageano está só em sua jornada falida em direção à majoritária. Ele não será candidato ao governo.


COLHENDO

O ex-governador está fazendo a ceifa do que semeou quando morava na Casa d’Agronômica. Ele não recebia os prefeitos e nunca viajou com nenhum deles para suas missões internacionais. Sempre foi um quadro egoísta dentro do jogo e não tem apoio dos deputados. Navega sem bússola.


FRAGILIZADO

Gilberto Kassab entregou a Raimundo Colombo apenas um CNPJ esfarelado dentro do ringue de outubro. Sem ninguém que possa fortalecer sua voz, ataca parceiros dentro do Governo de SC para ganhar visibilidade. Quanto mais é visto, mais isolado fica. Puxou tapete, agora é a própria vez.


ELES

Napoleão Bernardes correu SC e sacrificou-se para dar luz ao seu projeto de outubro que Raimundo Colombo buscou fragilizar. Atrás do muro, o isolado lageano tem furado os olhos do ex-prefeito de Blumenau em um modus operandi à moda Gelson Merisio. Ambos, não dão meio quadro.


FOME

Colombo poderia assinar um entendimento, liderar uma grande discussão, mostrar altruísmo e costurar algo novo, mas não tem altura suficiente e é engolido pelo orgulho não mais aceito nestes tempos. Está de estômago vazio porque prefere picanha à costela, mignon à maminha.


QUEM

Colombo deixou de ter um temperamento de padre há tempos. Hoje é um agressor destemperado que sufoca seu passado. Escuta mais seu ego que a consciência de um homem público que sempre foi privilegiado. Quer só a si e esquece suas laterais que tem bons nomes. Vai passar por 2022 sem ser lembrado.


SIMPATIA

Recomenda-se a Raimundo Colombo ler Casimiro de Abreu. Em seu poema, descreve este sentimento com singular inclinação que, aplicado na vida pública, ganha-se por natureza. O ex-governador poderia impor a si um castigo, daqueles em época escolar, e ler 100 vezes.


ATRAVESSADA

Milena Andersen perdeu na Justiça seus equívocos na disputa pela Fecam. Mal orientada, cegou-se na operação e acabou passando o bisturi na própria liderança. Equivocou-se e, completamente desgastada, poderia não ter passado por cima de si. Está fora da disputa.


TAMBÉM

No mesmo modo, mas sem consultar os pares, Clézio Fortunato poderia ter costurado um entendimento aberto, sem automutilação de sua chapa que, colocando nomes sem respeitar a individualidade, sofreu baixas na composição. Assim, inviabilizado, atirou no edital e está impugnado pelas normas que desrespeitou.


IMPRESSIONANTE

A prefeita de Vargem perdeu todas na Justiça. Milena Andersen sai derrotada muitas vezes justamente por buscar fragilizar o pleito. Ela e Clésio Fortunato tropeçaram no edital e no rito natural do processo. Ontem à noite, sem ter o que mais fazer, em carta aos prefeitos, foi pedir para derrubar a eleição.


CHAMAMENTO

Bruno Araújo pisa em SC para produzir ações em favor da candidatura de Doria presidente. O tucanato começa a perceber que o setor produtivo, principalmente da indústria, abandonou total a candidatura de Jair Bolsonaro. Até porque Lula da Silva já está na frente no Estado.


REAL

Clésio Salvaro começa a assumir o projeto de construção do PSDB em SC. Vai ocupando altura para ser o próximo presidente do ninho e começa a receber apelo nesta direção. Rogério Pacheco faz um mandato tampão que, se for estendido, permanece. O prefeito de Concórdia defende o colega de Criciúma.


CORAGEM

Se Vinicius Lummertz tem se dedicado ao projeto Doria presidente, saiu-se vencedor nesta fé. Ao lado de Clenilton Pereira, Paulo Bauer, Rodrigo Fachini e Oscar Martarello, segurou a ala tucana pró ao paulista, enquanto os demais eram Eduardo Leite. Isso, por si, já lhe dá respeito interno.


CANAL

O sentimento que sai do Palácio dos Bandeirantes, de dentro do gabinete do governador João Doria, é que SC é um Estado em transformação em favor de sua candidatura. Vinicius Lummertz é leal ao governo e o presidenciável olha-o com gratidão e respeito porque acreditou sempre.


FALTA

Altair Silva passou todo o final de semana dedicado às funções do amigo Plínio de Castro, que o acompanhou desde o início de sua motivação parlamentar. A ida dele para o comando da Cidasc foi na edificação política de uma relação perfeita para o projeto do deputado estadual. Agora recomeça tudo.


HISTÓRIA

Plínio de Castro foi uma aposta pessoal de Esperidião Amin quando governador. Ele assumiu a Secretaria do Oeste no lugar de Valmor Lunardi e deu aceleração política ao debate. Prefeito de São José do Cedro, foi do jogo de Hugo Biehl, Odacir Zonta e Zezo Pedroso.


RETORNO

Depois de construir por três vezes sua ida ao Senado, Edinho Bez abriu mão para que LHS edificasse suas movimentações que elegeram Ideli Salvatti e Leonel Pavan em 2002. Na outra, novamente, para colocar o então PFL na chapa em 2006. Em 2010, o próprio Luiz Henrique.


REPRESENTATIVIDADE

Depois de receber o apoio de toda a região Sul, Edinho Bez vai agora correr as demais regiões para produzir sua ida na majoritária de 2022. Com um mandato estadual e seis federais, conhece bem o Senado. Já amarrou Eduardo Moreira, Luiz Vampiro, Ada de Luca e Volnei Weber. Se o MDB de SC apoiar, olha-se.



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