A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), acompanhando permanentemente o impacto da guerra na Ucrânia para os valores do barril de petróleo, constata que as cotações se aproximam de US$ 140, maior valor no país desde 2008.
Isso pressiona ainda mais o já elevado preço do QAV, que em 2021 alcançou seu maior patamar, acumulando alta de 76,2%, superando as variações do diesel (56%), gasolina (42,4%) e gás de cozinha (36%), segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
É importante destacar que historicamente o combustível responde por mais de um terço dos custos do setor, que, por sua vez, têm uma parcela superior a 50% indexada pelo dólar.
Diante desse cenário, a Abear informa que o consequente encarecimento do QAV nos curto e médio prazos poderá frear a retomada da operação aérea, o atendimento logístico a serviços essenciais e inviabilizar rotas com custos mais altos, incluindo o foco na expansão de mercados regionais, num setor que acumula prejuízo de R$ 37,4 bilhões de 2016 até o terceiro trimestre de 2021, impactando também o transporte de cargas e toda a cadeia produtiva do turismo.
A Abear defende que medidas emergenciais de contenção de preços que possam ser tomadas durante a vigência do conflito incluam o QAV, amenizando dessa forma a crise do setor.
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