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FIM DO INQUÉRITO

Operação Mandrake indicia 26 pessoas

Investigação feita em todo o Estado terminou na última sexta-feira (14)
Inquérito policial ultrapassou 700 páginas (Polícia Civil de Xaxim/ Divulgação/LÊ) Inquérito policial ultrapassou 700 páginas (Polícia Civil de Xaxim/ Divulgação/LÊ)

Após cinco meses de intensa investigação para desarticular esquema criminoso envolvendo autoescolas, departamentos de trânsito de diversos municípios do Estado e também do governo estadual, que beneficiavam ilegalmente centenas de motoristas que tentavam recorrer a multas de trânsito, seja para amenizar a penalidade ou extingui-la, o inquérito policial da Operação Mandrake chegou ao fim. O trabalho exclusivo da Polícia Civil de Xaxim, mobilizou dezenas de policiais de todo o Estado e, com o inquérito finalizado, 26 pessoas foram indiciadas, entre elas cerca de 10 eram motoristas que tentaram o benefício.

Concluída na última sexta-feira (14), nas mais de 700 páginas do inquérito, dividido em cinco volumes, foram constatados diversos crimes praticados pelos envolvidos, como o de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, estelionato, inserção de dados falsos, uso de documentos falsos, entre outros. Conforme o delegado responsável Fernando Callfass, a investigação, que foi concluída e encaminhada para o Poder Judiciário, foi uma das maiores operações feitas no Estado este ano. “Foi um grande trabalho da Polícia Civil de Xaxim, digno de destaque. Sem dúvida foi um dos maiores trabalhos investigativos da Polícia na história de nosso município, seja pelo número de indiciados, presos, tempo de duração, etc.”

RELEMBRE

Uma denúncia feita ao Ministério Público, que foi repassada pelo promotor de Justiça da 2ª PJ da Comarca de Xaxim, Diego Barbeiro, à Polícia Civil de Xaxim, desencadeou a investigação, que começou há cinco meses. Para que a Operação Mandrake obtivesse êxito, cerca de 40 policiais de toda a região, incluindo toda a equipe de Xaxim, policiais de Ponte Serrada, de Abelardo Luz e da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de São Lourenço do Oeste, estiveram em Xaxim, onde a investigação iniciou. Além desses, policiais colaboraram com a ação em Saudades e a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) deu suporte em Florianópolis. “A investigação começou em Xaxim e se alastrou para diversos municípios da região. Ela começou no município e estendeu a Florianópolis, Saudades, Campo Erê e Quilombo através de núcleos de trabalho”, destacou o delegado Callfass.

De acordo com ele, Xaxim era o coração da operação, que buscava desvendar fraudes na inserção e nos recursos fantasmas de multas de trânsito junto ao Detran. “Todas as multas de trânsito são passíveis de recurso, pois podem ter equívocos em seu preenchimento. Mas era justamente nesse ponto que os investigados se favoreciam. Pessoas com acesso ao sistema do Detran inseriam informações inverídicas em benefício de outras pessoas e também de si próprios”. Conforme Callfass, o grupo era conhecido em diversas cidades por resolver “o problema”.

No início deste mês, diversas conduções coercitivas, mandados de prisões e documentos apreendidos foram feitos pela Polícia Civil, operação que foi acompanhada com exclusividade pelo LÊ NOTÍCIAS. Um a um, proprietários, funcionários e ex-diretor do Departamento de Trânsito de Xaxim foram sendo levados até a Delegacia, sem qualquer resistência. No total, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e cinco mandados de condução coercitiva no município, onde envolvidos na investigação foram conduzidos à Delegacia para prestar depoimento. Além de Xaxim e Florianópolis, um mandado de prisão preventiva também foi cumprido em Saudades. Em entrevista concedida ao , Callfass informou que os presos continuam detidos e ficarão por prazo indeterminado até que a justiça tome as providências cabíveis.


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