Vestir a amarelinha da Seleção Brasileira e representar o país no seu esporte é o sonho de qualquer jogador, em qualquer modalidade esportiva. Nas categorias universitárias, não é diferente: são novos caminhos para atletas que, para além do esporte, vivem sua formação acadêmica.
Na última semana, a Confederação Brasileira do Desporto Universitário divulgou a lista convocatória da Seleção Brasileira Universitária que irá disputar o Mundial Universitário de Futsal Feminino. Entre as convocadas está Natália Carolina Detoni, a Nati, que é ala esquerda da Female/Unochapecó e acadêmica do curso de Direito.
Em 2017, a ala da Female/Unochapecó realizou o sonho da camisa canarinho, mas de uma maneira diferente. Ela foi convocada para a Seleção Brasileira de futebol de campo para uma fase de treinamento, e passou duas semanas em concentração na Granja Comary. Já em 2018, quando passou a atuar exclusivamente no futsal, a atleta conquistou espaço em mais uma convocação, desta vez para a Seleção Brasileira sub-20. A equipe disputou o Campeonato Sul-Americano da categoria e conquistou o título da competição.
Desta vez, o compromisso é outro: a disputa do Mundial Universitário será em Braga, Portugal, entre os dias 18 e 24 de julho. As convocadas se apresentaram na sexta-feira (10), e seguirão em treinamento até a estreia, que ainda não tem adversário definido.
VIVÊNCIA
Para Natália, além da emoção de representar o Brasil entre as melhores da modalidade, o momento representa um intercâmbio esportivo. “Estou muito motivada, a minha expectativa é de fazer uma ótima competição. Vestir essa camisa é muito gratificante, e eu tenho certeza que todas as convocadas vão dar o seu melhor para voltar com o título. Com algumas meninas eu já tive a oportunidade de jogar junto, outras jogando contra, mas tenho certeza que vou aprender muito com elas, e espero compartilhar um pouco do meu futsal com elas também”, garante.
Além da chance de conquistar o título mundial em quadra, a convocação traz consigo o olhar para novas realidades. “O esporte está me proporcionando muitas oportunidades, entre elas é exatamente essa troca de aprendizado entre as atletas, pelas suas culturas e experiências de vida, e principalmente pelo que elas podem oferecer das suas vivências do futsal”, ressalta Nati.
O valor cultural e pessoal que o esporte proporciona também tem influência na forma de lidar com a carreira. A atleta cursa o terceiro semestre de Direito e concilia a rotina de treinos com os estudos - um desafio que exige foco e dedicação. “Requer muita disciplina, porque a rotina acaba sendo desgastante. Os treinos exigem muito da nossa parte física e mental, principalmente nas viagens e competições. Sei da importância que tem o estudo pensando no pós-carreira esportiva, enquanto eu vivo meu sonho jogando”, finaliza.
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