Destino pré-estabelecido de Luciano Buligon

Embora tenha quem afirme que tudo está já destinado a cada pessoa, que não existe acaso e que, no livro da Vida, Deus tem já traçado os passos a serem dados por cada um, possa ser que, em determinada circunstâncias, estas afirmações tenham mesmo seu fundo de verdade.

A pessoa do prefeito de Chapecó, um rapaz simples e de família humilde que, saído do interior de Tenente Portela, no RS, forma-se advogado e torna-se procurador da Câmara de Vereadores, secretário da então SDR de Chapecó, vai para deputado estadual e disputa esta prefeitura, assume como vice e depois sai consagrado nas eleições onde, destas 398 urnas, perdeu apenas em duas, Toldo Ximbangue e Sede Figueira, para assumir a Capital do Oeste em pleno aniversário de 100 anos, é sim um destino pré-estabelecido.

Para citar o Livro de Samuel, “o Senhor faz empobrecer e faz enriquecer, Ele humilha e exalta. Ergue do pó o necessitado e, do monte de cinzas, faz ressurgir o abatido. Ele o faz assentar-se com príncipes e lhes concede um lugar de honra”. Se esta citação não tem nada a ver com Gigante Buligon, então qual é esta assemelhação que, destinada aos humildes, não tenha nele esta apreciação?

Retirado de uma aeronave que vitimou amados, o atual prefeito de Chapecó ganhou ontem à noite, em sessão solene, a Cidadania Catarinense, conquistada por sua postura de homem público que, sabe-se, ganhou reconhecimento.

Não agora, mas mais adiante, pergunta-se se, de fato, há a presença da Mão Divina segurando as suas, conduzindo-o até os príncipes, ganhando Honra e Destaque de Líder Humano, vai ser ele levado à Cadeira de comandante de Santa Catarina? Destino que pré-desenhado, estabelecido como uma benção, ungiu-o com a simplicidade que coroa e a humildade que faz crescer. Se isso, por si, já não é um lugar de escolhidos, então onde é que isso tudo se explica?